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Costa disponível para contribuir mais para Europa mas não à custa do orçamento nacional

O primeiro-ministro disse hoje que o Governo está disponível para reforçar a contribuição para o orçamento comunitário desde que não ponha em causa o esforço para a redução do défice e a satisfação das diferentes necessidades do país.

“Com certeza que estamos disponíveis para reforçar a nossa contribuição para o orçamento comunitário”, desde que isso não signifique “aumentar as responsabilidades dos orçamentos nacionais”, declarou António Costa no encerramento da conferência internacional sobre os desafios da agricultura europeia, que hoje reuniu em Santarém os comissários europeus da Agricultura, Phil Hogan, e da Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

“Da mesma forma que somos solidários com a Comissão [Europeia] na defesa da Política Agrícola Comum (PAC), também somos solidários com a Comissão na preocupação que tem mantido relativamente a que todos os países possam ter uma política orçamental mais sólida, com menos défices e contribuindo significativamente para a redução da dívida”, afirmou, numa referência à proposta da Comissão Europeia que prevê a duplicação da contribuição nacional (de 15 por cento para 30 por cento) nos apoios ao desenvolvimento rural.

António Costa frisou o “esforço extraordinário” que o país tem feito desde 2011 para a redução do défice e da dívida, os “muitos constrangimentos orçamentais” e a “enorme luta” diária para conseguir gerir a capacidade de ir reduzindo o défice e, ao mesmo tempo, satisfazer as diferentes necessidades do país, em domínios como a educação, a saúde, as infraestruturas, a segurança, a agricultura.

“Para que esse esforço seja possível e para ter continuidade não nos podem pedir que dupliquemos o investimento neste setor para diminuir a contribuição de alguns para o conjunto do orçamento da Comissão Europeia”, sublinhou.

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