O primeiro-ministro acusou hoje o PSD e o CDS de terem revelado “desnorte” ao longo do debate do orçamento e rejeitou a ideia de que os socialistas estejam já a pensar nas próximas eleições legislativas.
Estas palavras foram proferidas por António Costa após o Orçamento do Estado para 2019 ter sido aprovado na generalidade pelas bancadas da esquerda parlamentar e pelo PAN, e depois de questionado pelos jornalistas se a proposta orçamental visava uma tentativa de conquista da maioria absoluta pelo PS nas próximas eleições.
“Este Orçamento visa melhorar a vida dos portugueses e as condições das empresas e que o país continue com um crescimento que lhe permita prosseguir em convergência com a União Europeia, conservando contas certas. Essa é a função do orçamento. Quanto às eleições, isso são os portugueses que decidem – e a seu tempo decidirão como, quem querem que governe, e como governe”, respondeu.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro recusou a acusação de que foi alvo na segunda-feira pela presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, segundo a qual “fugiu a dar a cara” na apresentação da proposta do Governo no início do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2019.
“Mas quem foge à apresentação de um Orçamento que, aliás, a própria oposição tem de reconhecer que é tão bom que até lhe chama eleitoralista? Essa é a grande nota política deste debate: O Governo apresentou um bom Orçamento e os partidos que viabilizaram este Governo defenderam este Orçamento e a sua melhoria”, começou por reagir.
Já o PSD e do CDS-PP, segundo António Costa, revelaram ao longo do debate “um autêntico desnorte relativamente ao que tinham a dizer sobre este Orçamento”.
“PSD e CDS-PP tanto criticaram este Orçamento por ser despesista, como o criticaram por não fazer despesa suficiente. Tanto criticaram este Orçamento por ter receita a mais, como não foram capazes de propor uma única medida para ter receita a menos”, sustentou o líder do executivo.
Para António Costa, o resultado do debate na generalidade do Orçamento mostrou, “infelizmente, uma oposição sem apresentar uma única alternativa credível, o que é pena, porque é sempre bom para o país que haja alternativas”.
“Há três anos demonstrámos que havia política alternativa à linha cega de cortes de salários e de pensões e de brutal aumento de impostos. Estamos agora perante um Orçamento de um Governo de bom-senso, de equilíbrio e que está apostado em continuar a melhorar a vida dos portugueses e as condições de atividade das empresas, com contas certas”, afirmou.
Ainda numa crítica à oposição, António Costa declarou: “Aqueles que temiam a vinda do diabo, ele não veio em 2016, em 2017, em 2018 e também não tem encontro marcado para 2019”, acrescentou.
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