Costa convida Portas a esclarecer ‘taxas e taxinhas’ do Governo cobradas a turistas

O candidato do PS a primeiro-ministro reage a Paulo Portas, vice-primeiro-ministro que teme que António Costa mate “a galinha dos ovos de ouro”, ao cobrar taxas a turistas que desembarquem em Lisboa. “Quanto cobram o Estado e cada um dos seus organismos por passageiro que desembarque no aeroporto de Lisboa?”, pergunta António Costa, numa nota enviada à Lusa.

António Costa, presidente da Câmara de Lisboa e candidato do PS a primeiro-ministro, defendeu uma medida que tem sido o centro da discussão política: a cobrança de uma nova taxa de um euro aos turistas que desembarquem em Lisboa, a partir de 2015.

Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, comentou a medida e em jeito de aviso pede a António Costa que não mate “a galinha dos ovos de ouro”, ao taxar os turistas, que representam uma importante receita para a capital e para o setor do turismo em Portugal.

Numa nota enviada à agência Lusa, António Costa responde ao vice-primeiro-ministro Paulo Portas. Mas fá-lo com pedidos de esclarecimento e perguntas irónicas.

“Convido o vice-primeiro-ministro a informar quanto cobram o Estado e cada um dos seus organismos por passageiro que desembarque no aeroporto de Lisboa”, diz o candidato a secretário-geral do PS, que tem mais uma pergunta dirigida a Portas.

“Já agora, qual a receita de IVA que o Estado cobrou pelas dormidas no concelho de Lisboa?”, questiona, referindo-se naturalmente aos turistas que passam pela capital.

Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu a cobrança de uma taxa de um euro a cada turista que desembarque na cidade. Era a estas “taxas e taxinhas” que Pires de Lima, ministro da Economia, se referia, na sua ‘célebre’ intervenção no Parlamento.

No entanto, a medida de António Costa que Paulo Portas também critica nem é inovadora. Em Veneza, por exemplo, os turistas pagam uma taxa de cinco euros, só para dormir. Aliás, há 43 cidades italianas a praticarem a mesma medida.

Mas há outras cidades que cobram taxas de desembarque aos turistas, com valores semelhantes.