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Costa Concordia: Defesa do comandante Schettino propõe prisão por três anos e cinco meses

costa concordiaFrancesco Schettino quer ser preso por três anos e cinco meses. Esta pena é a proposta pela defesa do comandante, que no cúmulo jurídico pode ser condenado a uma pena de 20 anos de prisão pelo naufrágio do paquete Costa Concordia, no qual morreram 32 pessoas.

Donato Laino, advogado de Francesco Schettino, propôs hoje que o cliente seja condenado a uma pena de prisão de três anos e cinco meses, no âmbito do julgamento sobre o naufrágio do Costa Concordia, que custou a vida a 32 pessoas. O comandante do paquete é acusado de múltiplos homicídios por negligência, de abandono do navio e danos ambientais, incorrendo numa pena de prisão até 20 anos.

Na abertura do processo, que começou hoje, Donato Laino esclareceu a estratégia da defesa: apesar do tribunal ter recusado a negociação da pena na audiência preliminar, Schettino apresenta a petição para uma prisão de curta duração e baseia-se nas sentenças já proferidas. Em causa estão outros cinco acusados que, em julgamentos rápidos, chegaram a acordo para penas que variam entre um e três anos de cadeia.

Presente na sessão de hoje esteve Domnica Cemortan, a bailarina moldava que, na altura, fazia parte da tripulação do navio e é apontada, por testemunhas, como estando com Schettino na sala de comandos na altura do embate nas rochas. “Espero que se apure a verdade e que os verdadeiros culpados paguem pelo acidente”, comentou Cemortan, afirmando ser “estranho que só haja uma pessoa no banco dos réus”.

A estranheza deve-se ao facto da companhia Costa Cruzeiros se apresentar no julgamento como parte afetada, uma vez que chegou a um acordo prévio de sanção administrativa (no valor de um milhão de euros) pelo naufrágio do Costa Concordia.

A dimensão do processo levou a que o julgamento tivesse lugar no teatro de Grosseto (no centro de Itália), continuando amanhã e sexta-feira com a análise de 242 petições apresentadas por passageiros, grupos ambientais, administração italiana e pela empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio que, a 13 de janeiro de 2012, embate nas rochas em frente à ilha de Giglio, com 4229 passageiros a bordo.

O comandante do Costa Concordia, Schettino Durante, chegou a estar em prisão preventiva, mas a medida cautelar foi substituída por apresentações periódicas.

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