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Costa acusa Bloco de se “juntar à direita” e “marchar em sentido oposto”

“Não é possível de todo é pretender dizer que se quer ir mais longe ou mais rápido por este caminho, juntando-se agora à direita, que marcha em sentido oposto”, disse António Costa, visando o Bloco de Esquerda, que vai votar contra a proposta de Orçamento de Estado.

Na discussão na generalidade da proposta de Orçamento de Estado, nesta terça-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro reagiu ao anúncio do Bloco de Esquerda, que manifestou a intenção de votar contra a proposta.

O primeiro-ministro foi duro nas críticas, sugerindo que os bloquistas manifestam incoerência e desistiram de encontrar soluções para a crise.

“Assim como coerentemente defendemos a continuidade do caminho que iniciámos em 2015, é natural que a direita, também coerentemente, defenda um caminho contrário”, começou por dizer, referindo-se ao PSD.

Mas o que parecia um elogio aos sociais-democratas escondia uma crítica ao Bloco de Esquerda.

“É claro que é possível defender que devemos ser mais ousados a avançar no caminho que este orçamento traça, procurando superar limitações ou insuficiências. Mas, o que não é possível de todo é pretender dizer que se quer ir mais longe ou mais rápido por este caminho, juntando-se agora à direita, que marcha em sentido oposto”, disse o chefe de Governo.

António Costa criticou o partido liderado por Catarina Martins, mas foi mais longe e elogiou a “coerência” de outros partidos e deputados que se colocam ao lado do Governo, apoio de que esta proposta de Orçamento de Estado depende.

“A posição da direita é clara. A posição do PS é clara e totalmente coerente com as opções dos cinco anos de governação. São também muito claras as posições do PCP, do PAN, do PEV, das deputadas não-inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues. Mostram que há quem não desista de encontrar soluções para a crise que enfrentamos”, concluiu António Costa.

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