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Costa “abre a porta ao clientelismo, à corrupção, ao conluio e ao amiguismo”, acusa o CDS

O CDS teceu fortes críticas a António Costa pela não recondução de Vítor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas (TdC), lembrando o “discurso antagónico” com o do Presidente da República.

Revelando que o partido vai pedir a audição de Vítor Caldeira no parlamento, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que a não recondução do presidente do TdC “suscita dúvidas e levanta suspeitas”.

“Esta não recondução do juiz conselheiro Vítor Caldeira surge numa altura em que o Governo apresentou no parlamento uma proposta de lei de novas regras para a contratualização pública” que, “sob pretexto de flexibilizar processos, abrem a porta ao clientelismo, à corrupção, ao conluio e ao amiguismo, alertas que foram de resto deixados pelo próprio” presidente do TdC, salientou o presidente do CDS.

“É importante que fique cabalmente esclarecido”, frisou o dirigente centrista.

Como António Costa se mostrou “tão zeloso na independência das instituições”, ao justificar a não recondução de Vítor Caldeira, o CDS  questiona o motivo que o levou a nomear Mário Centeno como governador do Banco de Portugal “apesar das suspeitas de promiscuidade e da falta de autonomia do órgão supervisor da banca”.

Francisco Rodrigues dos Santos também perguntou “porque é que este princípio da não renovação dos cargos judiciários, que não está escrito em lado nenhum, só agora, seis anos depois de António Costa ser primeiro-ministro, é que é tornado público e dado ao conhecimento de todos os portugueses”.

O dirigente centrista abordou também a “grande discrepância entre o discurso” de António Costa e de Marcelo Rebelo de Sousa, pois o Presidente “escolheu dizer a todos os portugueses que censura compadrios, práticas de corrupção, conluios, clientelismos e amiguismos”.

“É bastante evidente que as posições do senhor primeiro-ministro como do Presidente da República estão antagónicas neste sentido, dado que na intervenção pública que fez ao país o senhor Presidente da República escolheu dar razão às preocupações e às suspeitas que foram apontadas pelo juiz conselheiro Vítor Caldeira”, concluiu o presidente do CDS.

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