Economia

Cortiça: quase dois terços do comércio mundial passam por Portugal

rolhasA cortiça é, cada vez mais, um produto de exportação. Portugal é o país que mais vende cortiça para o exterior, registando uma quota de 62 por cento do mercado mundial. Chega a ser preciso importar para vendermos o produto transformado, beneficiando das mais-valias.

Quase dois terços da cortiça mundial são vendidos por Portugal. Segundo os dados fornecidos pela Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR), que cruzou os registos do International Trade Center com os do Instituto Nacional de Estatística, as vendas nacionais representaram uma quota de 62 por cento do comércio global, graças a uma subida de sete por cento nas vendas.

Ao exportar mais 169 mil toneladas, a economia nacional recebeu cerca de 806 milhões de euros. “As exportações portuguesas de cortiça representam cerca de 2% das exportações portuguesas totais e significam um saldo de 670 milhões de euros na balança comercial”, registou a APCOR, numa nota explicativa. Segundo o mesmo comunicado, a França é o principal cliente, com 20,1 por cento das compras, seguindo-se EUA (15,6%), Espanha (11%), Itália (9,5%) e Alemanha (7,9%).

Por outro lado, Portugal é o terceiro maior importador a nível mundial. Dado o volume de produto exportado, a conclusão é que as empresas nacionais compram matéria-prima no exterior, sobretudo a Espanha (79 por cento), vendendo depois a cortiça “sob a forma de produtos de consumo final” e, por inerência, a um preço mais valioso. As 63 mil toneladas compradas foram num montante de 135 milhões de euros, ‘compensados’ por um volume total de vendas de 806 milhões de euros.

Analisando os produtos transformados, as rolhas dominam com uma quota de 70 por cento, representando 563 milhões de euros em vendas: um registo que cresceu seis por cento em relação ao ano de 2010. A cortiça como material de construção é responsável por uma quota de 22 por cento, ‘vendendo’ 179 milhões de euros.

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