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Cortes nos exames a idosos terá provocado demissão de médicos

O pedido de demissão de três médicos do Hospital de Faro poderá estar relacionado com uma sugestão feita para que se realizassem menos exames à população, sobretudo a mais idosa, revela o Correio da Manhã. O Ministério de Saúde diz estar a acompanhar o caso mas não se alonga em comentários sobre esta situação.

Este é mais um caso em que a saúde é notícia e onde existem dúvidas quanto aos motivos que levaram três médicos do serviço de Medicina, do Hospital de Faro, a pedir demissão.

Em causa podem ter estado razões de economia e poupança hospitalar, situação que os clínicos, alegadamente, não aceitaram, evitando assim correr riscos que pudessem comprometer a saúde da população.

De acordo com a edição desta quinta-feira do Correio da Manhã (CM), os três médicos apresentaram pedidos de demissão após uma reunião com a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), na qual, diz o CM, “foi sugerida uma redução no número de exames complementares de diagnóstico aos doentes, sobretudo, os mais idosos”.

O Sindicato Independente dos Médico (SIM) já tinha garantido à agência Lusa que a saída dos médicos deveu-se a uma sobrelotação de doentes e dificuldades de internamento naquela unidade hospitalar.

“Apelo a que o Ministério da Saúde invista no hospital do Algarve, invista nos serviços e o dote dos recursos humanos necessário”, disse Roque da Cunha, do SIM, à Lusa.

O Ministério da Saúde não comenta, pelo menos para já, esta situação, mas diz estar a acompanhar o caso.

“Do ponto de vista da gestão, estes hospitais são entidades empresariais e têm autonomia”, disse fonte do ministério de Adalberto Campos Fernandes, citada pela revista Sábado.

A administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve nega qualquer pedido de corte em exames de diagnóstico, sublinhando que não foi pedido aos clínicos que “adotassem qualquer medida que colocasse em causa as boas práticas clínicas”.

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