“A reforma não chega para pagar as minhas despesas”, disse Cavaco Silva, no início deste ano, numa das afirmações mais polémicas de 2012. Em 2013, será ainda pior: o jornal I fez as contas e adianta que o Presidente da República vai perder 5000 euros com os cortes nas reformas.

Em janeiro, o Presidente da República, Cavaco Silva, fez um comentário sobre a austeridade que se tornou polémico: “a reforma não chega para pagar as minhas despesas”. O chefe de Estado, que renunciou ao vencimento do cargo para continuar a auferir das pensões, referia-se à reforma de 1300 euros brutos mensais que recebia pela atividade de professor universitário, numa altura em que eram anunciados cortes nos montantes pagos pela Caixa Geral de Aposentações.

No próximo ano, as reformas voltam a ser cortadas. O jornal I fez as contas e concluiu que Cavaco Silva vai perder, em 2013, cerca de 5000 euros. A somar aos 1300 euros, o Presidente aufere ainda uma pensão pelo exercício de funções no Banco de Portugal, no valor de 8700 euros mensais.

De acordo com o diário, o rendimento anual líquido de Cavaco Silva ronda os 69 mil euros. Este ano, com o alargamento da contribuição extraordinária de solidariedade aos fundos de pensões privadas, o valor que o Presidente irá receber deve ficar pelos 64.300 euros, descontados os impostos e taxas previstos em sede de Orçamento de Estado. Uma “canelada” ao chefe de Estado, comentara, no domingo, Marcelo Rebelo de Sousa.