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Corrupção: Irão condena à morte o milionário que ignorou sanções para vender petróleo

Babak ZanjaniUm antigo motorista do Banco Central do Irão fez fortuna a vender petróleo e agora foi condenado à morte por corrupção. Afinal, Babak Zanjani terá conduzido os negócios numa altura em que o país não podia vender petróleo devido às sanções internacionais.

No mesmo ano em que foi detido, 2013, o milionário iraniano que em 1999 era o motorista do Banco Central avaliou a própria fortuna, durante uma entrevista à BBC, em 13.500 milhões de dólares.

Mas esta fortuna, que tornou Babak Zanjani, de 41 anos, num dos homens mais ricos do Irão, foi alcançada com a venda de petróleo numa época em que, devido às sanções internacionais (por causa do programa nuclear), o país não podia vender o ‘ouro negro’.

O empresário tornou-se agora na mais mediática das “figuras privilegiadas” que se “aproveitaram das sanções económicas” a responder perante a justiça, como prometera Hassan Rouhani ao chegar à Presidência, em… 2013 (meses antes da detenção de Zanjani).

O Presidente prometeu lutar contra a “corrupção financeira” e tem no julgamento deste milionário, um dos nomes que a EUA e a União Europeia apontavam como colaboracionistas do regime de Mahmoud Ahmadinejad (o anterior Presidente), a maior bandeira dessa campanha.

Babak Zanjani foi condenado à pena de morte, por liderar uma rede de venda ilegal de petróleo através do Dubai, e a uma indemnização de 2000 milhões de euros ao Ministério do Petróleo por corrupção, pois “recebia petróleo e outros carregamentos e nunca devolveu os fundos”.

Uma dívida que o milionário assumiu e explicou não poder pagar devido… às sanções internacionais: “As minhas empresas foram prejudicadas pelas sanções devido à minha colaboração com o Governo”.

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