Corridas virtuais são “uma boa iniciativa” para Henrique Chaves mas não “o que o público procura”
Henrique Chaves, tal como outros pilotos portugueses e por esse mundo fora, vive o período de confinamento domiciliário como pode, treinado-se física e mentalmente para voltar à competição a qualquer momento.
O piloto de Torres Vedras, que também é comentador de televisão nas provas da Fórmula E transmitidas em direto pelo Eurosport, viu a sua atividade no International GT Open ficar em ‘compasso’ de espera por via da situação de pandemia de Covid-19 que se vive no nosso país e por toda a Europa.
Henrique tem feito os possíveis para se manter em forma, muito embora a imprevisibilidade de um regresso à normalidade não permita saber quando e como voltará às pistas.
Não pode ir ao ginário nem ter ‘personal trainer’, mas isso não impede o piloto da Teo Martin no GT Open de manter a forma, bem como o treino dos reflexos ao volante: “Tenho feito simulador. Muitas horas para ganhar ritmo, entreter-me e, mesmo que estranhem, como treino físico também”.
“Não se transpira tanto quanto num carro a sério, mas em corridas de uma hora em simulador já se sente algo. Tenho feito alguns treinos físicos para manter a forma dentro daquilo que é possível”, admite o piloto torreense.
Quanto às corridas virtuais Henrique Chaves não pode ser mais adepto do que já é, ainda que admita não ser a mesma coisa que competir a sério ao volante de um carro de corrida. “Acho uma boa iniciativa, contudo, não acredito que seja o que o público procura”, enfatiza.
O piloto da Teo Martin explica: “Já segui algumas corridas online e há aspetos que estão em falta. O risco acima de tudo, porque é esse que muitas vezes diferencia o piloto de um fantástico piloto”.
Henrique acredita que será ainda possível ‘salvar’ a época 2020, embora não se afigure fácil ‘à luz’ da atual situação que se vive em toda a Europa. “Eu quero acreditar que sim, até porque há contratos a cumprir, mas sei que será difícil. A economia caiu muito e voltar a subir vai demorar o seu tempo”, considera.