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Correr só para os pontos em Daytona foi “estranho” para João Barbosa

O facto da equipa do Cadillac DPi # 5 da Mustang Sampling não ter podido desta vez discutir a vitória nas 24 Horas de Daytona deixou João Barbosa desapontado mas com a consciência tranquila de tudo ter feito para que o desfecho fosse outro.

Juntamente com Filipe Alguquerque e Christian Fittipaldi o piloto do Porto terminou na nona posição absoluta e sétima dos DPi, que não era o resultado pretendido, mas também sabe que a partir dos problemas na terceira hora de prova toda a equipa fez um enorme esforço para limitar ao máximo os danos.

Partindo de 11º – depois de não ter conseguido uma única volta lançada na qualificação, devido a problemas de travões – o trio do Cadillac DPi # 5 tinha fundadas esperanças de, numa prova tão extensa, poder alcançar um bom resultado, senão mesmo lutar por repetir a vitória do ano passado.

A avaria eletrónica que atirou Barbosa, Albuquerque e Fittipaldi acabou por custar um atraso que depois foi impossível de reverter. O piloto do Porto lembra o que sucedeu: “Depois do problema sabíamos que iria ser difícil recuperar qualquer terreno, mas mantivemos o carro a andar. Era importante por causa dos pontos para o campeonato. Foi uma situação muito estranha para a equipa, pois normalmente não temos este tipo de problemas, mas são corridas e acontece”.

“A equipa lidou muito bem com tudo e voltou a por-nos na pista. Esteve certa e pos-nos rapidamente de volta. As luzes levaram algum tempo a consertar, e tivemos também problemas com detritos na pista. Foi uma daquelas corridas – no ano passado fomos felizes, com a vitória, e neste ficamos muito dececionados”, sublinha João Barbosa.

O piloto portuense radicado na Florida destaca no entanto o desempenho do Cadillac negro em certas condições: “O carro portou-se lindamente em seco, mas no final as condições estavam muito difíceis, muito perigosas. Penso que o Diretor de Corrida exagerou um bocado, mas foi igual para toda a gente”.

Barbosa teve ainda uma palavra para Christian Fittipaldi, que realizou a última corrida dos seus 38 anos de carreira e com o português venceu as 24 Horas de Daytona em 2014 e 2018, para além de ganhar a prova pela primeira vez em 2004: “Christian foi um soldado: manteve-se aqui sob condições muito difíceis e fez tudo o que podia. É uma pena que ele deixe as pistas com este resultado e sob estas condições. Foi divertido fazer equipa com ele todos estes anos e desejo-lhe o melhor”.

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