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Corpos de 30 imigrantes, mortos por asfixia, encontrados em barco na Itália

corpos na siciliaUm barco sobrelotado que rumava à Itália transportava também os corpos de cerca de 30 imigrantes mortos por asfixia. A descoberta foi realizada durante uma operação da marinha para resgatar os passageiros mais necessitados, no Canal da Sicília.

O drama dos imigrantes ilegais que morrem às portas da Europa voltou a ensombrar a Itália, depois da descoberta de cerca de 30 corpos num pesqueiro sobrelotado no Canal da Sicília, a fronteira marítima entre as costas norte de África e italiana.

No barco, que continham quase 600 imigrantes ilegais, estavam também os corpos de cerca de 30 refugiados que terão morrido por asfixia.

A descoberta foi realizada durante uma operação conjunta da marinha e da guarda-costeira para resgatar os casos mais urgentes, como as duas mulheres grávidas que se encontravam no grupo de quase 600 pessoas.

As autoridades italianas admitiram que, embora seja frequente a descoberta de corpos nas embarcações com refugiados, este caso impressiona pelo número elevado.

O Grecale, um navio da marinha italiana, estará neste momento a rebocar o pesqueiro até Pozzallo, na zona de Raguse, na Sicília.

Só neste último fim de semana terão sido resgatados mais de 1600 imigrantes, de acordo com os números avançados pela marinha italiana.

A Itália é a principal porta de entrada na Europa para as centenas de milhares de africanos que procuram fugir às guerras e à miséria.

De acordo com os dados da ‘Mare Nostrum’, a operação de resgate e asilo lançada após os escândalos dos naufrágios de Lampedusa e Malta (que, no conjunto, provocaram mais de 400 mrotos), só este ano houve mais de 60 mil refugiados a entrar na Europa.

O ano de 2014 deverá bater o recorde de 2011, quando as ‘primaveras árabes’ em vários países levaram 63 mil imigrantes ilegais a cruzar o Mediterrâneo.

A crescente dimensão do fenómeno tem levado a Itália a exigir dos companheiros europeus um reforço das verbas para a operação ‘Mare Nostrum’, que tem um custo diário a rondar os 300 mil euros.

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