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COP25: Cineasta Fernando Meirelles anuncia novo projeto sobre mudanças climáticas

O cineasta brasileiro Fernando Meirelles disse estar “obcecado” com a crise climática, principalmente após os fracos resultados da recém-concluída cimeira do clima (COP25), organizada pelas Nações Unidas, que decorreu em Madrid, Espanha.

O diretor brasileiro contou que o seu próximo projeto tratará das mudanças climáticas de uma maneira simples e acessível.

“A crise climática é a principal obsessão da minha vida. Sou muito pessimista”, disse Fernando Meirelles, que afirmou acreditar que em 15 anos “tudo terá mudado radicalmente”.

A declaração ocorreu na capital espanhola onde o diretor brasileiro foi falar sobre seu novo projeto, o filme “Os Dois Papas”, que chega à plataforma Netflix na sexta-feira.

Segundo Meirelles, é necessário explicar os problemas que virão com as mudanças climáticas às pessoas de uma maneira simples para que elas entendam a mensagem já que a situação da terra é desesperada.

Para montar este novo projeto, o diretor brasileiro contou que já trabalha com Braulio Mantovani, argumentista do aclamado filme “Cidade de Deus” (2002), e espera que as filmagens possam começar em setembro de 2020.

Será o seu segundo projeto com a Netflix, empresa com a qual acaba de lançar “Os Dois Papas”, uma história que mistura ficção e realidade para contar a relação entre o Papa Francisco e seu antecessor, Bento XVI.

O diretor brasileiro está convencido de que o cinema serve para aumentar a conscientização, que é o primeiro passo para ajudar e encontrar soluções.

“Não sei se ‘Cidade de Deus’ ajudou, mas mais tarde muitos outros filmes trataram do problema da exclusão no Brasil, mesmo novelas. Não sei se algo mudou, mas pelo menos há mais pessoas que conhecem o problema”, concluiu.

A cimeira do clima terminou no domingo com a produção de um documento para aumentar a ambição climática em 2020 e cumprir o Acordo de Paris, que obriga os países a evitar que a temperatura média do planeta suba este século mais do que 1,5 graus.

O acordo, intitulado “Chile-Madrid, Hora de Agir”, foi alcançado quase dois dias após a data prevista para o encerramento da cimeira.

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