Economia

Contribuintes pagam 1823 milhões em juros para salvar bancos

A denúncia é do Bloco de Esquerda, que cita os dados do parecer do Tribunal de Contas (TC). Só em juros, o Estado pagou 1823 milhões de euros, entre 2008 e 2016, para salvar os bancos. Os contribuintes já meteram mais de 14.000 milhões de euros no sistema bancário.

“O esforço financeiro resultante das intervenções públicas, destinadas a apoiar o sistema financeiro nacional no seguimento da crise financeira internacional, iniciada em 2007, constituiu um encargo elevado para o erário público num contexto de finanças públicas deficitárias”, refere o parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2016.

Só em juros, os custos são estimados “em 1823 milhões de euros” entre 2008 e 2016, “tendo em conta a taxa de juro implícita da dívida pública, calculada pelo IGCP”, adianta ainda o parecer do TC.

O dinheiro dos contribuintes para salvar a banca atingiu nestes oito anos um total de 14.606 milhões de euros. Só no ano passado, o Estado injetou 258 milhões de euros no sistema bancário.

Em 2015, a capitalização para salvar o Banif custou 2525 milhões de euros. No total, o banco madeirense já ercebeu 2978 milhões de euros dos cofres públicos.

Nas contas do TC, salvar o BES/Novo Banco custou 4614 milhões de euros e o resgate do BPN 3702 milhões. O BPP ficou-se pelos 659 milhões.

Usada nestas intervenções, a Caixa Geral de Depósitos implicou um custo de 3035 milhões de euros aos contribuintes, nesses oito anos.

“Ainda assim, o Tribunal de Contas admite que o valor dos apoios possa ser superior, uma vez que ao défice do BPN e das sociedades-veículo Parups e Parvalorem pode acrescer capitais próprios negativos destas entidades em 2033 milhões de euros e existem ainda garantias de 2714 milhões de euros a estas sociedades veículos e de 1.800 milhões de euros ao Novo Banco”, lembra o BE.

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