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“Contradições com o PS podem tornar-se insanáveis”, avisa Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa recuperou uma expressão do tempo do Governo (minoritário) de António Guterres para deixar um sério aviso ao PS. “Não se pode estar bem com Deus e com o diabo ao mesmo tempo”, sendo que neste exemplo o diabo é… Rui Rio.

Em entrevista conjunta à Renascença e ao Público, o líder comunista voltou a admitir que o Bloco Central é uma ameaça credível desde que o PSD elegeu um novo presidente.

“Obviamente, não se pode estar bem com Deus e com o diabo ao mesmo tempo, independentemente de quem seja o diabo”.

Nesta alegoria, a divindade é representada pela Geringonça, da qual o PCP faz parte, o que deixa o papel de diabo para Rui Rio.

Questionado sobre a posição do PS, entre a esquerda que o apoia nesta legislatura e o possível Bloco Central com o PSD, Jerónimo de Sousa recuperou uma expressão que António Guterres popularizou quando era primeiro-ministro.

“Infelizmente, nesta ou naquela matéria, designadamente na legislação laboral, verificou-se um posicionamento chamado de ‘geometria variável’ que foi inventado pelo António Guterres”, lamentou o líder comunista.

“Compete ao PS saber se continua este caminho que se tem verificado ou não”, insistiu.

Jerónimo de Sousa não escondeu o desagrado pelas “muitas vezes” em que o Governo socialista “praticou uma política de direita”, recorrendo novamente à legislação laboral como “uma zona de fronteira” no especto político.

“Não escondemos, nem calamos, as contradições que atualmente existem e que um dia podem tornar-se insanáveis”, ameaçou.

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