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Conteúdos desportivos: Se forem “essenciais”, a PT abdica da “exclusividade”, diz o CEO

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A PT Portugal não quer “privar ninguém” de conteúdos desportivos que sejam “essenciais”, assegurou o presidente executivo. Paulo Neves defendeu uma “ótica de não exclusividade” e orgulhou-se de não ter perdido “um único cliente grande para a concorrência”.

O debate ontem organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorreu em Lisboa, não podia passar ao lado de um dos temas do momento em Portugal: os acordos das operadoras com os clubes de futebol.

Sem se referir aos patrocínios a Benfica e Sporting (através da MEO), o presidente executivo da PT Portugal, Paulo Neves, defendeu uma “ótica de não exclusividade” para os conteúdos de desporto que sejam considerados essenciais.

“Os conteúdos de desporto que sejam essenciais, não os queremos só para nós, queremos numa ótica de não exclusividade, de não discriminação”, garantiu o CEO, comparando os conteúdos à fibra, “uma componente do nosso negócio” e que levou a empresa a lançar uma oferta grossista.

“Se são considerados essenciais, serão disponibilizados a quem os queira. Não queremos privar ninguém de ter acesso a conteúdos considerados essenciais”, insistiu o gestor, referindo-se aos direitos desportivos que a PT Portugal adquiriu através da Meo.

“Os conteúdos são para nós importantes e queremos estar na cadeia de valor para os conteúdos, distribuição, eventualmente com os direitos, e mais tarde na produção, não pomos fora de questão”, complementou.

Paulo Neves salientou que não existe “guerra nenhuma” pelos conteúdos desportivos, entre as operadoras, e abordou a “falsa questão” do Porto Canal, cujo serviço foi cortado à NOS pela MEO: “É uma falsa questão. O canal só não está numa plataforma, mas gostaríamos que estivesse”.

O CEO da PT Portugal respondeu também ao regulador, depois da ANACOM ter defendido o lançamento de pacotes de telecomunicações ‘low-cost’: “Temos um conjunto de ofertas para responder a todas as necessidades”.

“Não sei se perdi grandes clientes, não perdemos um único cliente grande para a concorrência”, concluiu Paulo Neves.

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