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Contestação antigovernamental no Irão provocou mais de 300 mortos

Pelo menos 304 pessoas foram mortas no Irão, nos protestos antigovernamentais do mês passado, e a repressão ainda continua contra críticos do regime, de acordo com um relatório hoje divulgado pela Amnistia Internacional (AI).

As vítimas formam mortas nas manifestações que duraram cerca de quatro semanas em várias cidades do Irão, em novembro, protestando contra um forte aumento do preço da gasolina, sob forte repressão por parte das autoridades.

A AI revelou hoje que as forças de segurança iranianas abriram fogo contra os manifestantes desarmados, matando pelo menos 304 pessoas e prendendo vários milhares, numa repressão violenta que atingiu, entre outros, jornalistas, estudantes e ativistas de direitos humanos.

“As autoridades iranianas continuam a repressão feroz após os protestos de 15 de novembro, prendendo manifestantes (…) para impedir que digam o que pensam, nesta ação implacável”, denunciou a organização, num comunicado de síntese do relatório hoje divulgado.

A Amnistia Internacional diz que recebeu informações de várias fontes independentes segundo as quais, um mês após o início da agitação popular, “as forças de segurança continuam a prender pessoas em todo o país”, incluindo jovens menores de 15 anos, colocados em “centros de detenção sobrelotados”.

A AI diz ter recolhido o depoimento de dezenas de testemunhas que confirmam que “as autoridades iranianas, quase imediatamente após o massacre de centenas de pessoas (…) implementaram uma repressão em larga escala, destinada a inspirar o medo de falar abertamente sobre o que ocorreu”.

A organização diz ainda que há dezenas de pessoas vítimas de “desaparecimento forçado” e “detenções incomunicáveis”.

Contudo, até agora, o Governo de Teerão apenas reconheceu a existência de cinco morte: quatro polícias e um civil, quando da divulgação de um balanço oficial baseado em dados do instituto forense nacional.

A AI pede ao Governo de Teerão a “libertação imediata e incondicional de todos aqueles que foram arbitrariamente detidos” e insta a comunidade internacional a protestar de forma veemente contra a sistemática violação de direitos humanos.

Lusa

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Lusa

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