Nas Redes

Conta da água motiva ataque feroz da União Zoófila à Câmara de Lisboa

A União Zoófila (UZ) não vai pagar a conta da água, cujo prazo expira hoje, enquanto “a Câmara de Lisboa olha para o lado”. A associação lembra que “o acolhimento dos animais abandonados é responsabilidade autárquica”, mas só “na letra da lei”.

Com um comunicado angustiante no Facebook, a UZ dá conta da sensação de revolta e impotência sentida perante uma fatura de 2450,10 euros, referentes à água utilizada para cuidar de animais errantes (vadios, num termo mais corrente).

A UZ questiona os pagamentos à EPAL a empresa pública que gere o abastecimento de água em Lisboa, e à autarquia quando o consumo se deve a responsabilidades públicas que não são cumpridas pela própria Câmara de Lisboa.

“O acolhimento dos animais abandonados é responsabilidade autárquica. Na letra da lei”, ironizou a UZ.

Como exemplo, a associação mostrou a Pinha, uma cadela acolhida porque, se tal não acontecesse, “teria morrido de sede e fome nas ruas de Lisboa”.

“Ontem, a Pinha bebeu água. Ontem, a boxe da Pinha foi lavada. Ontem, a almofada onde a Pinha dorme foi lavada”. Para tudo isso, que “na letra da lei” é responsabilidade autárquica, a UZ gastou água.

“A União Zoófila não pagará a conta hoje. Não o fará porque não tem dinheiro. Hoje”, frisou a associação, pedindo ajuda.

“Os animais vagueiam pelas ruas de Lisboa. A Câmara de Lisboa olha para o lado”, acusou.

“Os animais são acolhidos na União Zoófila. Anualmente, a União Zoófila paga, só pela água que eles consomem, quase 15 mil euros à Câmara de Lisboa. E outro tanto à EPAL. Ou cortam-lhes a água”.

Realçando que já foi tentado “tudo”, inclusive “reuniões” com responsáveis autárquicas e troca de “cartas”, a UZ questiona a moral das entidades públicas em cobrar por um serviço que deviam prestar, mas ‘empurram’ para associações privadas.

“A União Zoófila presta um serviço a Lisboa. E paga à Câmara Municipal de Lisboa pelo serviço que lhe presta”.

Em destaque

Subir