O consumo de eletricidade recuou 3 por cento em abril face ao período homólogo de 2018, enquanto o consumo de gás natural aumentou 17,3 por cento refletindo o crescimento do segmento de produção de energia elétrica, informou hoje a REN.
Segundo a REN – Redes Energéticas Nacionais, este crescimento no segmento de produção de energia elétrica em abril é “resultado de condições hidrológicas muito desfavoráveis face ao mesmo mês do ano anterior”.
Em termos acumulados, de janeiro a abril, o consumo de gás natural registou uma quebra de 2,0 por cento, resultado de uma contração de 13,2 por cento no mercado elétrico e de um crescimento de 1,7 por cento no mercado convencional.
Quanto ao consumo de energia elétrica, registou em abril uma variação homóloga negativa de 3 por cento, ou negativa de 2 por cento com correção de temperatura e dias úteis, sendo que desde o início do ano acumula uma quebra homóloga de 3,4 por cento, ou uma quebra de 1,7 por cento com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
De acordo com a gestora da rede energética, em abril as afluências “mantiveram-se abaixo dos valores médios, embora as condições tivessem melhorado face aos últimos meses”.
O índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,82 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica se situou em 1,13 (média histórica igual a 1), beneficiando de “condições favoráveis em abril”.
No mês em análise, a produção renovável abasteceu 55 por cento do consumo nacional, a produção não renovável 37 por cento, enquanto os restantes 8 por cento foram abastecidos com recurso a energia importada.
Considerando os primeiros quatro meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,58 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica se fixou em 0,93 (média histórica igual a 1).
No mesmo período, a produção renovável abasteceu 51 por cento do consumo, repartido pela eólica com 27 por cento, hidroelétrica 18 por cento, biomassa 5 por cento e fotovoltaica 1,8 por cento, e a produção não renovável abasteceu 37 por cento do consumo, repartido pelo gás natural com 21 por cento e pelo carvão com 16 por cento.
O saldo importador, que segundo a REN “tem sido quase sempre importador”, abasteceu cerca de 11 por cento do consumo.
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