O estudo ficou a cargo do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e é pioneiro a nível mundial nesta área. Os testes efetuados com ratos fornecem novas informações acerca do consumo de ecstasy, que pode causar danos na visão sobretudo nas funções da retina, pelo menos até 24 horas depois da ingestão.
Para Francisco Ambrósio, tudo está ainda no início, mas pode estar aqui o ponto de partida para conclusões futuras: “é o primeiro passo para se perceber no futuro os efeitos do consumo do ecstasy na retina”, afirma o coordenador da equipa responsável.
Os investigadores portugueses propõem-se a fazer agora outro tipo de análises avaliando os consumidores frequentes e aqueles que apenas consomem por exemplo ao fim de semana.
Até agora, os danos no cérebro eram os únicos efeitos investigados, testados e comprovados derivados do consumo de ecstasy. Esta investigação da Universidade de Coimbra pode desvendar portanto algo desconhecido no mundo da medicina, os problemas do consumo desta droga ligados à visão.
O MDMA, droga conhecida como ecstasy, foi criada em 1912 por Anton Kollisch, um químico alemão, para a empresa farmacêutica Merck. O objetivo inicial da droga era combater o sono e a fome dos soldados combatentes na primeira guerra mundial. Quase 60 anos depois, o ecstasy começou então a circular nas festas nos EUA sendo considerado um estimulador de estado de disposição e um catalisador. Apenas a partir do ano de 1977 o ecstasy começou a ser proibido em alguns países.
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