Segundo um estudo da autoria da Universidade de Coimbra, a cafeína, durante a gravidez, acarreta prejuízos para o feto. Os investigadores notaram problemas a curto prazo – os jovens ficam mais suscetíveis a insultos – e a longo termo: perdas de capacidade de memória e aprendizagem.
Consumir cafeína durante o período de gestação traz malefícios para o desenvolvimento cerebral do bebé, concluem investigadores da Universidade de Coimbra. Os investigadores notaram um atraso no modo como se formam as redes nos neurónios que veiculam a informação no sistema nervoso do bebé.
Isto traz duas consequências. “A curto prazo, os jovens ficam mais suscetíveis a insultos e, a longo termo, provoca perdas de capacidade de memória e aprendizagem”, explica o professor Rodrigo Cunha, coordenador do estudo.
Por outro lado, a cafeína pode provocar problemas de indução de convulsões, verificadas em doenças como a epilepsia, por exemplo.
Este estudo vem complementar outros trabalhos que, apesar de apresentarem resultados opostos noutras idades, mostram que o consumo de café pode ser benéfico em pessoas com idades avançadas, mas ser contra-indicado na população mais jovem e ter efeitos negativos para o feto.
Os investigadores da Universidade de Coimbra pretenderiam avançar neste estudo, mas enfrentam grandes restrições económicas. Em declarações à RTP, o professor Rodrigo Cunha destaca um alegado “incumprimento” do Estado nas transferências de verbas para as universidades.