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Consultora acredita que recessão não afeta capacidade de Angola pagar a dívida externa

A consultora CapitalEconomics considera que a provável recessão económica de Angola não vai afetar a capacidade do país de servir a dívida, argumentando que são as receitas do petróleo que determinam a capacidade do Governo em honrar os compromissos.

“O efeito da recessão em Angola na capacidade de servir as grandes dívidas externas será limitado”, argumentam os analistas da CapitalEconomics, numa nota enviada aos investidores sobre os últimos desenvolvimentos nalguns países da África subsaariana.

“A posição orçamental depende essencialmente das receitas petrolíferas, que estão a ser aumentadas com os preços elevados do petróleo”, acrescentam os analistas, na nota a que a Lusa teve acesso.

Sobre a recessão previsível para este ano em Angola, mantendo os crescimentos negativos de 2017 e 2016, a CapitalEconomics diz que os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola no princípio da semana “são piores” que a estimativa da consultora, “que já está abaixo da média dos outros analistas”.

Para este ano, a CapitalEconomics ainda não alterou oficialmente a previsão de crescimento de 1 por cento, mas o analista responsável pelo acompanhamento de Angola já disse à Lusa que a estimativa, ainda não vertida para os relatórios, aponta para uma contração de 2 por cento, que se segue às contrações de 4,5 por cento em 2016 e de 3 por cento no ano passado.

Na segunda-feira, o INE, com base em dados do Departamento de Contas Nacionais e Coordenação Estatística, divulgou os números para o segundo trimestre, apresentando uma recessão homóloga de 7,4 por cento, um desempenho foi afetado sobretudo por setores como as pescas (-10,0 por cento), indústria transformadora (-8,8 por cento), extração e refinação de petróleo (-8,4 por cento) e extração de diamantes e outros minerais (-6,1 por cento).

Trata-se da terceira quebra homóloga (-7,4 por cento) no PIB angolano mais acentuada no histórico disponibilizado pelo INE, desde 2010, apenas ultrapassada pela queda de 11,33 por cento no quarto trimestre de 2015 e pela descida de 7,55 por cento no terceiro trimestre de 2016.

É também o terceiro trimestre consecutivo de queda da economia angolana, que se mantém em recessão (pelo menos dois trimestres consecutivos em quebra).

No mesmo documento, o INE agravou a previsão anterior de queda do PIB no primeiro trimestre de 2018, que passou dos -2,2 por cento divulgados em agosto para os atuais -4,66 por cento.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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