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Consulado de Moçambique em Macau organiza coleta para ajudar vítimas do ciclone

A representação diplomática de Moçambique em Macau está a organizar uma coleta de dinheiro para ajudar as vítimas do ciclone Idai que já fez mais de 200 mortos naquele país, disse hoje à Lusa o cônsul-geral.

“Estamos a organizarmo-nos para fazer uma coleta de dinheiro, tentando sensibilizar pessoas de boa vontade, apelando à solidariedade”, explicou Rafael Marques.

A coleta de dinheiro deverá ter início na próxima semana, adiantou o diplomata, acrescentando que será envolvida a Associação de Amigos de Moçambique em Macau.

“É possível que também sejam pedidos bens para enviar para Moçambique, mas essa é uma questão que temos ainda de ver porque a logística pode ser difícil”, referiu.

Em Macau estão radicados cerca de 50 moçambicanos, informou o cônsul-geral.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da “pior crise” do género no país.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, viajou para a Beira, onde dezenas de portugueses perderam casas e bens devido ao ciclone Idai, para acompanhar o levantamento das necessidades e o primeiro apoio às populações afetadas.

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 82 mortos e 217 desaparecidos, enquanto no Malaui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

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