Construção cresce 12,4 por cento na Zona Euro, mas cai em Portugal, indica Eurostat

O ramo da construção civil cresceu entre março e abril na Zona Euro, mas caiu em Portugal, no mesmo período, indica o Eurostat. Numa comparação entre estes meses, Portugal apresenta a segunda quebra mais acentuada. E em termos homólogos, o país apresenta o pior registo.

De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, o setor da construção apresenta realidades diferentes na Zona Euro (com subida de 12,4 por cento de produção em março de 2012, comparativamente com mês anterior) e em Portugal (menos 6,8 por cento).

Portugal segue em contraciclo com a Zona Euro, em virtude da retração do investimento, que ‘congelou’ a construção, nos últimos anos, e que mantém a tendência de quebra, realidade para a qual as associações do setor vêm alertando, nos últimos meses.

E assim não evita outro dado revelador: é o país com maior descida na construção numa comparação homóloga, que estabelece um paralelo entre os meses de abril de 2011 e de 2011.

Os números do Eurostat revelam uma descida da construção que não surpreende em Portugal. No entanto, o contraste com a realidade europeia (nos 17 países que partilham a moeda) é bem diferente. No último mês houve um acentuado sinal de retoma, neste indicador: a produção na construção subiu 12,4 pontos percentuais, numa comparação entre abril e maio.

Portugal apresenta mesmo a segunda maior quebra entre estes meses, segundo indica o Eurostat, com números precisos tornados públicos nesta segunda-feira.

Relativamente aos estados-membros da União Europeia (UE), há um crescimento de 1,8 pontos percentuais, em março de 2012. Numa análise aos 27 países da UE, entre fevereiro e março assinalou-se um aumento da atividade económica no setor da construção de 11,8 por cento.

A Alemanha é o país que mais impulsiona esta subida, quer na Zona Euro como na UE, com um crescimento de 30,7 por cento. Outros nove países estão a crescer. Mais três países mantêm os dados e Portugal é um dos quatro que apresentam descidas na produção.