O ex-governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio atribuiu hoje a “explosão” do crédito malparado à crise, justificando o que aconteceu em bancos em Portugal e de toda o euro, e que não houve más práticas em todos.
“A explosão de crédito malparado em todos os bancos e em todos países europeus foi de duplicação dos níveis de crédito malparado. Não pode ter resultado de más práticas em todos os bancos da área do euro, resultou de uma crise que foi a maior desde 1929/1930”, afirmou Constâncio em resposta aos deputados na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Para aquele que foi o responsável máximo do Banco de Portugal entre 2000 e 2010, período abrangido pela auditoria da EY à gestão da CGD (2000 e 2015), é “fácil dizer a posteriori que isto devia ter sido evitado, mas não podia ser”.
A ideia da “explosão” do malparado já foi hoje repetida várias vezes por Constâncio, na audição que arrancou pelas 17:20 (hora de Lisboa).
O também vice-presidente do Banco Central Europeu (2010-2018) disse ainda, em resposta a perguntas dos deputados sobre operações de créditos específicas, que as operações eram legais e que não é função do supervisor bancário evitar ou reverter empréstimos, mas garantir a solidez dos bancos.
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