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Conselho de Segurança: Arábia Saudita é eleita e vai renunciar

arabia saud rei210arabia saud rei bigA Arábia Saudita foi eleita, a par do Chade, para se sentar no Conselho de Segurança da ONU. Só que o país vai rejeitar o lugar, alegando a “impotência” da organização para ser “o garante da paz do mundo” e os “critérios duplos” que tem mostrado perante a Síria.

‘Obviamente, demito-me’. A Arábia Saudita, eleita para um lugar temporário no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), rejeitou ao cargo perante a “impotência” da instituição para, a título de exemplo, travar a guerra civil na Síria. O Ministério das Relações Exteriores explicou, em comunicado, que “os mecanismos de trabalho e a dupla moral no Conselho de Segurança o impedem de cumprir com as obrigações e assumir as responsabilidades na hora de manter a paz no mundo”.

A Arábia Saudita “não tem outro remédio a não ser renunciar a integrar o Conselho de Segurança até que este seja renovado e dotado dos meios necessários para cumprir com as obrigações e assumir as responsabilidades como garante da paz e da segurança no mundo”, complementa a nota.

A renúncia surge horas depois da eleição dos cinco novos membros não-permanentes do Conselho de Segurança. Os restantes eleitos, com mandato para dois anos (a partir de 1 de janeiro de 2014), foram Chile, Chade, Nigéria e Lituânia. China, EUA, França, Reino Unido e Rússia são os cinco países com assento permanente.

“Permitir ao regime sírio matar o próprio povo e queimá-lo com armas químicas, diante dos olhos do mundo inteiro e sem sanções dissuasivas, é uma prova clara da impotência do Conselho de Segurança no momento de cumprir com os seus deveres e assumir as suas responsabilidades”, frisou o Ministério saudita.

A guerra civil na Síria é apenas um exemplo da “impotência” da ONU em mediar conflitos como os que ocorrem com frequência no Médio Oriente. “Há 65 anos que a questão palestina permanece sem solução”, tendo provocado “muitas guerras que ameaçaram a paz mundial”, reforçaram os sauditas.

A “impotência” extende-se à proliferação de armas nucleares e outras de destruição em massa. A Arábia Saudita tem sido dos opositores mais mediáticos ao programa nuclear do Irão, até por força das correntes islâmicas que governam cada país (os sunitas árabes e os xiitas iranianos).

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