O Conselho de Finanças Públicas (CFP) estima que a dívida pública baixe para os 106 por cento do PIB em 2022 sobretudo devido à acumulação de excedentes primários e continue a diminuir até aos 94,7 por cento em 2033.
“As análises realizadas apontam para uma acentuada sensibilidade do rácio da dívida a choques na taxa de crescimento do PIB e no valor do saldo primário”, refere a instituição liderada por Teodora Cardoso no relatório “Riscos orçamentais e sustentabilidade das finanças públicas”.
Assim, variações reais positivas de um ponto percentual e negativas em um ponto percentual no crescimento do PIB implicam que a dívida se situe entre 71,6 por cento e 122 por cento, respetivamente, no final dos 15 anos de projeção.
O CFP tem como ponto de partida as suas projeções de médio prazo num cenário de políticas invariantes divulgadas em março onde estimou que o rácio da dívida pública desça de 125,6 por cento em 2017 para 123 por cento em 2018, para 119,4 por cento em 2019, para 116,4 por cento em 2020, para 109,9 por cento para 2021 e para 106 por cento em 2022.
Segundo o documento, que dá início a uma nova série de publicações a atualizar de dois em dois anos, a economia portuguesa alcançou nos últimos anos resultados macroeconómicos e orçamentais melhores do que os inicialmente projetados pelas instituições nacionais e internacionais.
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