A Guarda Florestal do Zimbabué matou dois italianos, pai e filho, que colaboravam com uma patrulha contra a caça ilegal, no Parque Mana Pools. Terá sido uma “confusão de identidades”, segundo o diretor da Safari Operators Association. O caso está a ser investigado pelas autoridades.

As vítimas são Claudio Chiarelli, um antigo caçador que aos 50 anos trabalhava como guia de safaris, e Massimiliano, o filho de 20 anos que nasceu no Zimbabué mas tinha nacionalidade italiana.

“Claudio Chiarelli, que era um caçador profissional que trazia turistas europeus ao Zimbabué, foi baleado acidentalmente, tal como o seu filho, e ambos morreram”, adiantou o diretor da Safari Operators Association, Emmanuel Fundira, em declarações à AFP.

Os dois homens foram baleados, ontem, quando estavam com uma patrulha contra a caça furtiva no Parque Nacional Mana Pools, no norte do país.

Um grupo de guardas florestais “viu um fogo no meio da vegetação e pensou que se tratava de um acampamento utilizado pelos caçadores ilegais”, acrescentou o porta-voz da associação de empresas de safaris: “Achamos que foi um caso de confusão de identidades”.

Por ironia, os dois italianos tinham estado com o grupo de guardas florestais na véspera, a definirem o plano de atuação após os vários relatos de disparos junto ao parque, nos dias anteriores.

“Podemos confirmar que o incidente aconteceu ontem no Parque Mana Pools, mas não conhecemos os detalhes exatos”, comentou uma fonte da embaixada italiana, citada sob anonimato pela AFP: “Estamos em contacto com a família. É uma tragédia. A perda de pai e filho e a má publicidade que a situação trará para o Zimbabué”.