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Confinamento “não resolve o problema”, diz Júdice

O advogado José Miguel Júdice contestou o confinamento que se avizinha, considerando que o mesmo “não resolve o problema”.

A medida só vai avançar por causa da “resignação” dos portugueses, que, sendo moderados, são atraídos pelo “radicalismo das posições”.

Para dar força ao argumento, Júdice recuou ao confinamento de março e abril de 2020, “um sacrifício violentíssimo, uma tragédia psicológica, social e humana”, suportado na esperança de que “tudo ia passar no verão”.

“Agora dizem que a imunidade só chega em 2022. Vamos estar a fechar o país um mês para depois abrir um mês e a seguir voltar a fechar?”, questionou.

No comentário semanal para a SIC Notícias, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados lembrou uma declaração de António Costa, com o primeiro-ministro a declarar que o país “não aguentava” outro confinamento.

“Não aguenta o país, que são os portugueses. O problema é que isto não resolve problema nenhum. Daqui a um mês melhora e vão à televisão dizer que está tudo bom, mas passado outro mês piora”, reforçou.

Segundo Júdice, “a estratégia seguida foi errada desde o princípio”, porque a prioridade devia passar pela definição de grupos de risco, de forma a “proteger essas pessoas e tentar convencer todos os outros a seguirem as medidas de prevenção”.

“O que se está a passar era previsível. Os portugueses apanham com isto em cima com uma resignação fatalista”, finalizou.

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