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Condenado o homem que mandou atacar ex-namorada com ácido em Alvor

O Tribunal de Portimão condenou hoje a 12 anos de prisão o homem que em 2017 ordenou um ataque com ácido à ex-namorada perto da localidade de Alvor, em Portimão, no distrito de Faro.

O coletivo de juízes do Tribunal de Portimão deu como provados os dois crimes de que Cláudio Gouveia estava acusado, condenando-o a 10 anos e seis meses de prisão por um crime de homicídio qualificado na forma tentada e a três anos de prisão por um crime de violência doméstica, aplicando-lhe a pena única de 12 anos em cúmulo jurídico.

O tribunal condenou ainda o arguido ao pagamento de uma indemnização de cinco mil euros à ex-namorada Eleanor Chessell, aplicando-lhe ainda a pena acessória de proibição de contacto com a vítima pelo período de cinco anos.

Na opinião do coletivo de juízes, Cláudio Gouveia não demonstrou em tribunal qualquer arrependimento, tendo inclusive negado todos os factos constantes da acusação.

“A versão de imputar a culpa a Edmundo [outro arguido no processo] não convenceu o tribunal”, sublinhou a juíza durante a leitura do acórdão.

O Ministério Público (MP) tinha pedido a pena máxima de prisão – 25 anos – para Cláudio Gouveia, de 34 anos, por ter ordenado um ataque com ácido na via pública contra a ex-namorada, a britânica Eleanor Chessell, perto da localidade de Alvor, no concelho de Portimão, em maio de 2017.

O arguido, que se vai manter em prisão preventiva até a sentença transitar em julgado, foi condenado pelos crimes de violência doméstica e de homicídio qualificado na forma tentada, crime pelo qual também está acusado um cúmplice, o alegado autor do ataque, que será julgado num processo autónomo.

De acordo com o MP, o arguido arquitetou um plano cruel e macabro contra a ex-namorada, de 29 anos, provocando-lhe queimaduras em cerca de 60 por cento do corpo, dois meses depois de terem terminado a relação de dois anos.

O MP considerou que o arguido viajou da Madeira para o Algarve com um cúmplice, alegado autor do ataque, depois de ter planeado um encontro com a vítima através de uma rede social, na qual se apresentou com um perfil falso.

O alegado autor do ataque, também em prisão preventiva, vai ser julgado num processo autónomo, já que o tribunal não o conseguiu notificar a tempo para ser julgado no mesmo processo.

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