Nas Notícias

Compra do BPN por parte do BIC é “corrupção do sistema económico”, diz BE

francisco_louca1O processo de venda do BPN ao BIC está consumado e gerou uma acusação grave de Francisco Louçã a Passos Coelho. O líder do Bloco de Esquerda usou a palavra “corrupção” e “favor”, para qualificar o negócio, acusando o Governo de vender “por 40 milhões de euros algo que custou oito mil milhões”. Passos Coelho contrapôs com indignação e defendeu que a venda do BPN ao BIC foi o negócio “que menos custos traz ao contribuinte português”.

O BPN foi vendido hoje ao BIC, por 40 milhões de euros, numa transação que o Bloco de Esquerda considera “ruinosa” para o Estado. Mas Francisco Louçã foi mais longe, qualificando o negócio de “corrupção do sistema económico”.

“Vendeu por 40 milhões o que custou oito mil milhões. A isto chama-se destruir a economia, chama-se favorecimento e chama-se corrupção de um sistema económico que tem de se orientar para a as pessoas e não para os favores”, afirmou Louçã, acusando Passos de servir os interesses da banca.

Passos Coelho defendeu-se, alegando que os 8000 milhões de euros foram o preço pago para salvar o BPN da falência e que não representa qualquer investimento do Estado. Por outro lado, a venda por 40 milhões foi o mais vantajoso e “aquele que representa menos custo para o contribuinte português”.

“O acordo atingido para a venda do BPN ao BIC foi a via mais barata para o contribuinte português. O Estado não favoreceu, com este Governo, o BPN”, sustentou Passos Coelho, que apelidou a intervenção de Louçã de “irresponsável”.

Alheia a argumentações políticas, a venda do BPN ao BIC oi consumada hoje. “Não sentimos que tenhamos sido beneficiados”, afirmou o presidente do banco, Fernando Teles, em declarações ao ‘O País’, citado pelo Jornal de Negócios.

“Acho que estamos a fazer um favor a quem vende”, acrescentou, uma vez que se propõe manter “tantos postos de trabalho”, numa conjuntura económica adversa.

Em destaque

Subir