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Como posso poupar dinheiro? Eis algumas dicas para poupança

Estes são alguns dos erros mais comuns na gestão do dinheiro. Dicas para poupança, para cortar no supérfluo e gerir melhor o nosso rendimento, ao mesmo tempo que nos preparamos para um imprevisto.

Tem a sensação que o dinheiro que tanto lhe custa a ganhar desaparece num instante? Há um conjunto de erros que a maioria das pessoas faz, com prejuízos assinaláveis para a carteira e, por arrastamento, para a própria tranquilidade e segurança social. Conheça os dez erros mais comuns com o dinheiro.

Não ter uma estratégia financeira

É muito importante conseguirmos parar para refletir para o que fazemos com o nosso dinheiro. Perdemos horas a ver televisão ou a navegar nas redes sociais, mas parece que não conseguimos tirar duas horas por semana para analisar os gastos e procurar investir parte do que poupámos. Entenda que planear o seu futuro financeiro deve ser uma prioridade.

Pequenas despesas diárias que se tornam grandes gastos anuais

Há autênticas fortunas que vão sendo perdidas aos poucos, quase sem se dar por isso. Parece que comprar uma garrafa de água ou tomar um café não custa assim tanto, mas quando se começa a somar todas essas despesas chega-se a valores totais que podem meter medo. 

Sabia que, gastando 25 euros por semana a almoçar fora, são menos 1300 euros por ano?

Quem está a passar por um aperto financeiro deve ter a máxima atenção aos ‘pequenos’ gastos. E pensar em somar pequenas despesas em longos períodos. Por exemplo: simular custos anuais dessas pequenas despesas diárias e, por vezes, dispensáveis.

Despesas inúteis

A cada mês, chegam as contas da eletricidade, da água, do gás. Mês após mês, ano após ano, não há como fugir a estas despesas.. Mas se não podemos evitar algumas destas contas, há outras que podem ser equacionadas. 

Está a frequentar o ginásio com frequência? Se passa pouco tempo em casa, compensa-lhe ter televisão por cabo e internet? Está a pagar serviços dos quais não usufrui? Faça esta análise e deverá encontrar uma ou outra mensalidade que poderá cortar.

E quando vai fazer compras ao supermercado? Usa lista de compras?

Sabia que a lista de compras é uma excelente ferramenta de poupança? Graças a ela, poderá comprar apenas o que precisa, evitando despesa que não previa, em bens de que não necessita. Faça sempre a lista de compras quando vai ao supermercado. Percorrer todo o espaço à procura de bens sem critério poderá torná-lo refém do consumismo.

Viver dependente do cartão de crédito

Para muitos, o cartão de crédito veio simplificar a vida, permitindo gerir melhor a despesa com as compras ou o combustível. O problema é quando esses pagamentos se vão acumulando e depois valem pesados juros.

Evite ao máximo recorrer ao cartão de crédito, pois faz aumentar a probabilidade de gastar mais do que aquilo que tem. Em casos extremos, o cartão de crédito (uma forma de endividamento) leva à acumulação de créditos para pagar dívida. Se necessita assim tanto do cartão de crédito será um sinal de que vive acima das suas possibilidades, ou que deve cortar na despesa.

Comprar um carro novo

Os pagamentos a prestações tornam mais apetecível a compra de um carro novo. No entanto, conseguir pagar a prestação não significa que esteja em condições financeiras de manter o carro, que começa a desvalorizar assim que sai do ‘stand’ e que implica encargos com combustíveis, pneus, reparações, impostos, entre outros. Precisa mesmo de um carro novo? Pondere esta decisão, porque estará a investir num bem com forte desvalorização, com despesas associadas, mesmo que saia pouco da garagem, e que poderá ser uma péssima opção na gestão financeira. 

O tamanho da casa importa

Quando se avança para a compra de casa, procura-se sempre uma habitação que tenha ‘boas áreas’. Convém lembrar que, quanto maior for a casa, mais vai gastar em manutenção e decoração, sem falar no peso do IMI e no custo por metro quadrado. Há que ter cautela, pois os gastos com a casa representam uma importante fatia do orçamento familiar. Procure a casa à medida do seu agregado familiar, em vez de uma casa com áreas inúteis.

Usar o crédito à habitação como mealheiro

Ainda em relação à casa, há quem procure usar o crédito à habitação como se fosse um mealheiro, ou uma forma de reforçar o capital da conta à ordem. É preciso não esquecer que se trata de um empréstimo a (muito) longo prazo, sem se poder falhar uma única mensalidade (devido às penalizações).

Estar a usar dinheiro de um crédito à habitação para outros fins significa que se vai pagar mais e durante mais tempo pela casa. Acresce que os juros pagos ao banco (nos empréstimos) são muito superiores àqueles que o banco paga aos clientes (nas poupanças). Pedir dinheiro a mais num crédito à habitação é uma má opção. 

Não ter uma poupança

Entre as dicas sobre dinheiro há uma que aparece sempre: faça uma poupança. E não é à toa que isso acontece. Boa parte da população não consegue fazer um ‘pé de meia’, aguardando todos os meses pelo dia em que o salário ‘cai’ para pagar as contas e… não sobrar quase nada. Quando acontece um imprevisto, essas pessoas simplesmente não têm dinheiro para o enfrentar.

Veja quais as pequenas alterações de hábitos que pode fazer (nem que seja menos um café por dia) para conseguir colocar um mínimo de dinheiro de lado, ou evitar despesa.

De acordo com os especialistas, a poupança deve equivaler a um mês de rendimento, precisamente para dar resposta a um mês em que, por qualquer motivo, falte esse rendimento. Uma poupança equivalente a três meses de rendimento pode significar a diferença entre aguentar o pagamento da casa ou entrar em incumprimento.

Não deixe o dinheiro parado

Conseguindo um rendimento superior às necessidades, o melhor é não o deixar à ordem. Há muitas formas de investir, umas mais arriscadas, outras mais conservadoras. O importante é não o deixar em depósitos a prazo, pois o rendimento é quase nulo. Peça ajuda ao seu gestor de conta para saber até que ponto é tolerável ao risco. Em último caso, equacione fazer um Plano Poupança Reforma (PPR).

Em conclusão

Esteja atento ao dinheiro que gasta, em especial às ‘pequenas’ despesas do dia a dia; evite o risco de gastar mais do que tem; esteja consciente que conseguir comprar não significa que se consiga manter;  tenha cuidado ao adicionar novas despesas às que já tem; e esforce-se por maximizar a poupança que consegue fazer.

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