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Algumas dicas para as crianças aprenderem a poupar

Uma dificuldade partilhada por muitos pais é a necessidade de explicar aos filhos que o dinheiro ‘não cai do céu’. Os mais pequenos adoram novidades, mas muitas vezes um brinquedo é usado apenas uma vez, acabando depois esquecido numa gaveta ou caixa de arrumação. Veja algumas dicas para ensinar as crianças a poupar, ajudando os filhos a compreenderem o valor do dinheiro.

Como pais, queremos sempre dar tudo aos nossos filhos. E sempre tudo do melhor, o que geralmente é sinónimo de mais caro. Um sentimento que é partilhado por avós, tios e outros familiares. E, de repente, a criança fica com vários brinquedos e não liga ao que foi dado pelos pais, muitas vezes com grandes sacrifícios financeiros.

Assim, é importante que as crianças percebam que também têm de fazer escolhas. Os pais podem ajudar indicando as vantagens e desvantagens de cada brinquedo, para que os filhos saibam quais serão as consequências da escolha.

Quando as crianças acompanham os pais nas compras, é inevitável que peçam para levar algo. O problema é que, logo de seguida, encontram outra coisa que querem levar. Esse momento é ideal para os pais explicarem, com calma, que nem sempre se pode ter tudo o que queremos.

Quando a criança quer um brinquedo, os pais podem lembrar que ela já tem um semelhante em casa. E, se calhar, já pouco brinca com ele, pelo que não vale a pena gastar dinheiro num brinquedo novo para deixar de ser usado no dia seguinte. A mesma coisa para outros bens materiais que os filhos também querem levar para casa.

Aos poucos, as crianças vão, assim, aprendendo a valorizar o que já têm e começam a dar valor ao dinheiro.

Agora, os pais podem começar a incentivar os filhos a criar uma poupança, ainda mais importante caso as crianças já tenham uma semanada ou mesada. Isto porque, mais cedo ou mais tarde, vão começar a pedir bens que já representam uma despesa mais significativa, como um telemóvel ou uma consola de jogos, e é preciso que entendam os sacrifícios que são feitos para lhes dar essas alegrias.

Os especialistas recomendam que a criança seja ensinada a dividir o dinheiro em três partes iguais: uma para gastar, outra para poupar e a última parte para usar com terceiros.

Desta forma, os filhos vão aprendendo a valorizar o dinheiro, a deixar algum de lado para um momento financeiro mais complicado e, ao usarem parte do que têm com terceiros, a desenvolver a consciência de ajudar outras pessoas, a começar pela família (por exemplo, pagando um lanche aos pais) e a terminar com a solidariedade para com desconhecidos.

É claro que, ainda assim, a criança vai ficar triste por não ter ‘aquele’ brinquedo novo (mesmo que logo de seguida deixasse de lhe dar importância).

Os pais podem assumir aqui um papel mais ativo, participando nas brincadeiras com os brinquedos ‘velhos’ ou arranjando alternativas, como um passeio no parque, uma ida ao cinema, jogar à bola, ou andar de bicicleta.

Desta forma, os pais estão a ajudar os filhos a perceberem o valor do dinheiro, a importância de criar uma poupança e a necessidade de se relacionarem com os outros (sem se ‘fecharem’ com os brinquedos). E tudo isto feito durante momentos em família, seja na brincadeira, seja na tal ida às compras.

E enquanto se dá uma lição sobre poupança aos filhos, fortalecem-se os laços entre pais e filhos.

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