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Como devem os condóminos lidar com a ameaça da Covid-19 e reduzir riscos?

Um guia de boas práticas para os moradores que partilham propriedade. Como evitar contágio? O que fazer (em caso de contágio) para proteger os vizinhos? O que fazer se tivermos vizinhos idosos ou de grupos de risco? A resposta a esta questão: sermos solidários e prestáveis. Todas as restantes respostas a esta e outras questões estão num guia divulgado pela Loja do Condomínio.

Com o surgimento e a expansão da pandemia, ainda subsistem dúvidas sobre comportamentos de risco e medidas de prevenção a tomar.

Em particular, no caso de pessoas que partilham propriedade. O que fazer no interior do nosso prédio?

Com a finalidade de dar resposta a esta e outras questões, e para esclarecer dúvidas sobre os condomínios (administradores, condóminos, funcionários ou prestadores de serviço), a Loja do Condomínio difundiu um guia, onde apresenta cuidados a ter, para prevenir os espaços comuns e, em paralelo, para reagir à eventualidade de um caso de Covid-19 num vizinho.

Eis o que deve ser feito:

Assembleias de condomínio

O facto de estarmos diante da atual pandemia de coronavírus é motivo mais que suficiente para o cancelamento e/ou adiamento das assembleias de condóminos.

Por isso, a recomendação é aguardar, só se devendo retomar assembleias quando houver segurança, já que a saúde pública e a vida de todos são neste momento a prioridade e uma questão de ordem pública.

Interdição de áreas de lazer nos condomínios

Temos de evitar aglomerações, pelo que os condomínios devem avaliar, individualmente, a suspensão de atividades em espaços infantis, áreas desportivas fechadas e salas de condomínio, entre outros.

Se a recomendação de não usar as áreas comuns não surtir efeito e tendo em conta o atual cenário, entendemos ser possível determinar o encerramento e a proibição do uso dessas áreas, visando a preservação da saúde de todos.

Condóminos: nova etiqueta e cuidados redobrados com higiene

– Caso o elevador esteja cheio, deve aguardar o próximo ou utilizar as escadas. Para além disso, e por forma a evitar constrangimentos, utilize somente este equipamento com pessoas do seu agregado familiar

– O ideal é suspender as obras em curso, principalmente se o trabalho estiver a ser realizado por mais que um profissional

– Proteja as mãos ao abrir uma porta (maçaneta), ao usar as escadas (corrimãos) e ao chamar o elevador (botões e porta). Se possível, use luvas ou utilize um papel e deite-os imediatamente fora, para não contaminar outras superfícies

– Mantenha distância de pelo menos 1,5 metros das pessoas

– Cubra a boca e o nariz com um lenço de papel, ao tossir ou espirrar, e deite para o lixo o papel utilizado

– Mantenha as mãos sempre higienizadas, lavando-as frequentemente com água e sabão (durante cerca de 20 segundos)

– Suspenda temporariamente jantares e confraternizações, evitando que outras pessoas frequentem o condomínio e a sua casa

– Ao chegar a casa, reserve um local para trocar de calçado e mudar de roupa, lavando imediatamente o vestuário que utilizou ao sair (programando uma temperatura para a lavagem superior a 60º).

Casos confirmados ou suspeitos no condomínio: como proceder?

Em caso de confirmação que um condómino tem Covid-19, as autoridades devem ser informadas para que a pessoa possa estar sob vigilância e ir seguindo as orientações do SNS.

A pessoa contaminada ficará em quarentena domiciliária, devendo ser reforçadas as rotinas de limpeza para evitar contaminar os demais moradores.

Para além disso, o doente deve ter os seguintes cuidados:

– Não circular pelas áreas comuns, isolando-se em casa;

– Se realmente precisar de circular no condomínio, deve desinfetar as áreas por onde o doente passou (elevador, por exemplo).

– Manter distância mínima de 1,5 metros de outras pessoas

Solidariedade com infetados, idosos ou grupos de risco

A solidariedade é sempre bem-vinda, mas especialmente necessária e apreciada em momentos de crise, como este que nos encontramos a atravessar.

Assim, é possível que os condóminos se organizem para ajudar algum vizinho que se saiba estar infetado, perguntando se ele precisa de alguma coisa e entregando à porta (sem contacto direto) alimentos e outros bens de primeira necessidade de que ele necessite.

Para além disso, um telefonema de acompanhamento diário a este vizinho é um simples gesto que não prejudica a vida dos condóminos, trazendo ao mesmo tempo conforto para quem precisa e deve ficar em quarentena.

O mesmo se aplica com os vizinhos idosos que pertençam ao grupo de risco – diabéticos, hipertensos, cardíacos, asmáticos, doentes renais, etc., que também devem seguir a recomendação de ficar em casa durante o máximo de tempo possível.

Áreas comuns do condomínio – limpeza e desinfeção

Dentro do condomínio, a limpeza e desinfeção das áreas comuns deve ser uma prioridade, garantindo-se três pressupostos:

– Limpeza regular. Sempre que possível e com a ajuda de todos (inclusive dos moradores, dado que os recursos neste período são limitados), a limpeza deve ser reforçada, devendo-se ter especial atenção com os elevadores (portas e botões), os corrimãos das escadas , as maçanetas, as portas, as caixas do correio e os intercomunicadores, entre outros. Para o efeito, deve utilizar-se produtos de limpeza com capacidade desinfetante

– Ventilação. Deixar os corredores o mais ventilados possível

– Higienização. Motivar os moradores a higienizarem as mãos ao entrar no prédio, para evitar contaminar as superfícies no condomínio.

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