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Comité Central do MPLA passará a contar com 497 membros a partir de sábado

O Comité Central do MPLA, no poder em Angola, vai passar a contar a partir de sábado com um total de 497 membros, acrescentando 134 novos aos 363 atualmente existentes, disse hoje à agência Lusa o porta-voz do partido.

Segundo Paulo Pombolo, a decisão já está tomada e a entrada dos novos 134 membros, escolhidos nas diferentes províncias do país, será ratificada durante os trabalhos do 7.º Congresso Extraordinário do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), sob o lema “MPLA e os Novos Desafios”, marcado para sábado no Complexo Turístico Futungo 2, a sul de Luanda.

O conclave, que contará com 2.591 delegados, é presidido pelo líder do MPLA, João Lourenço, igualmente chefe de Estado angolano, e vai debater também a estratégia eleitoral do partido para as eleições autárquicas previstas para 2020, com Paulo Pombolo a adiantar à Lusa que o “Éme” vai realizar “primárias” para escolher os seus candidatos.

“Vamos definir o modelo que iremos apresentar para as autarquias e irão existir eleições primárias no partido para quem queira apresentar-se como candidato”, adiantou o também secretário para a Informação do MPLA, que referiu que, no congresso, vai continuar a defender-se o princípio de “gradualismo” nas autárquicas.

Na prática, segundo a proposta do MPLA, as autárquicas realizar-se-ão em 2020 apenas em alguns municípios do país, para, numa segunda fase, em 2025, se estenderem a outros, culminando o processo em 2030, com a realização simultânea da votação em já todas as autarquias.

Os dois maiores partidos da oposição angolana – União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) – defendem que a votação deverá decorrer numa só fase, em todos os municípios, já em 2020.

“É um assunto que terá de ser discutido ainda no parlamento, onde está em discussão o ‘pacote das autárquicas'”, afirmou Paulo Pombolo.

Na agenda dos trabalhos de sábado, a que a imprensa só assistirá à abertura e ao encerramento, estão ainda “ajustamentos pontuais” aos estatutos do partido, relacionados com o alargamento do Comité Central e “outros”.

“Segundo os Estatutos do MPLA, qualquer órgão ou organização do partido, a nível nacional, ou um terço dos participantes ao último congresso ordinário [realizado entre 17 e 20 de agosto e 2016] podem propor ao Comité Central ou ao presidente do partido a convocação de um congresso extraordinário, indicando, na proposta, as razões, sendo que o Comité Central delibera, depois de consultar os órgãos intermédios, o que veio a acontecer”, sublinhou Paulo Pombolo, exemplificando um dos “ajustamentos”.

O conclave aprovará também os documentos finais, como a resolução geral do 7.º Congresso Extraordinário, e as diferentes moções a apresentar.

No 6.º Congresso Extraordinário do MPLA, realizado em 08 de setembro de 2018, João Lourenço, Presidente de Angola desde setembro de 2017, foi eleito líder do partido com 98,58 por cento dos votos, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que presidiu o partido desde 1979.

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