André Ventura partilhou um desabafo nas redes sociais onde assume “sem excessivo dramatismo” e afastado qualquer sentimento de ‘vitimização” que se sente “perseguido”. A mensagem foi publicada na sequência de ter sido constituído arguido por “assédio étnico” e “práticas discriminatórias”, por via de uma denúncia enviada para a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial.
Em causa está uma publicação feita por André Ventura, em novembro de 2017, na qual o advogado questionava o facto de a RTP não ter mencionado a etnia dos alegados agressores de uma enfermeira no hospital de Beja.
“Estou a começar a sentir-me verdadeiramente perseguido. Sem excessivo dramatismo, sem ingénua vitimização, só mesmo assim: perseguido!”, escreveu agora no Facebook.
Nesta quinta-feira, em declarações ao jornal i, André Ventura assume que se trata de um “ataque violentíssimo à liberdade de expressão”.
“Fiquei espantado com o enquadramento jurídico, porque fala de discriminação racial e de assédio étnico. Honestamente era um enquadramento que eu nunca pensei que poderia ser feito”, afirma ao jornal i.
“Desde que falei sobre este assunto, o Estado não faz mais nada além de levantar processos por tudo e por nada, em relação a todos os assuntos. Eu acho que isso se aproxima muito de um ato de perseguição e isso em democracia não devia acontecer”, refere.
André Ventura já teve de enfrentar um outro processo semelhante, do qual acabou por ser absolvido.
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