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Combate à emissão de gases une EUA e China em acordo “importante”

O Presidente dos EUA foi à China acertar um acordo “muito importante” para resolver “um desafio global urgente”: o aquecimento global. Sem definir metas, as duas potências combinaram a redução da emissão de gases e um lóbi conjunto contra a poluição.

É um pequeno passo para a Humanidade, mas um salto de gigante para Barack Obama. O grande derrotado nas recentes eleições intercalares dos EUA foi à China, no âmbito da cimeira de Cooperação Económica Ásia-Pacífico, e regressou com a promessa de um acordo histórico.

Xi Jinping, o Presidente da República Popular da China, garantiu que o país vai trabalhar com os EUA para reduzir a poluição e tentar minorar os efeitos do aquecimento global, acrescentando ainda a vontade de trabalhar, sempre em conjunto com os EUA, no sentido de pressionar outros países industrializados a fazer o mesmo.

“Este é um marco muito importante na relação entre os Estados Unidos e a China e mostra o que é possível fazer quando trabalhamos juntos para resolver um desafio global urgente”, salientou Barack Obama.

Os EUA apontam para uma redução da emissão de gases em 26 por cento até 2025 (face aos níveis de 2005) e a China responde com a promessa de diminuir a emissão de gases (sem avançar com metas) e o consumo de combustíveis fósseis, assim como uma aposta na energia renovável a partir do ano de 2030.

O acordo entre as duas maiores economias é parco na definição de metas concretas, mas explicita claramente a vontade de EUA e China definirem, em conjunto, objectivos realistas durante uma cimeira agendada para o início do próximo ano, em França.

Visto pelos analistas políticos norte-americanos como um grande triunfo de Obama, este acordo demorou quase um ano a ser trabalhado. Em fevereiro, John Kerry, o secretário de Estado dos EUA, ‘sugeriu’ à China que trabalhasse em conjunto para mudar as políticas ambientais.

Foi o passo de partida para um acordo que levou o Presidente dos EUA a escrever diretamente a Xi Jinping e a abordar o assunto, em setembro, durante a conferência sobre o clima na ONU.

EUA e China estão, contudo, ‘atrasadas’ face aos 28 membros da União Europeia, que já tinham definido um corte de 40 por cento nas emissões de gases até 2030 (face aos valores de 1990).

Apesar de vago, o acordo é o primeiro que ‘amarra’ a China à vontade de travar as alterações climáticas, tanto mais que representa, em conjunto com os EUA, mais de metade das emissões mundiais de dióxido de carbono.

Depois de ter conquistado a China, Barack Obama enfrenta um novo grande obstáculo. Com as eleições intercalares, os republicanos assumiram o controlo das duas câmaras do Parlamento (Senado e Congresso), tendo já anunciado que vão bloquear quaisquer medidas que possam comprometer as empresas norte-americanas.

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