A presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, afirmou que “a tentação para descontextualizar é grande”, em reação às críticas de que foi alvo por elogiar a “vista maravilhosa” do Bairro Amarelo.
Numa publicação no Facebook, a autarca associou as “conclusões que em nada correspondem ao sentido inicial das palavras” à proximidade das eleições.
“Bem sei que, com o aproximar das eleições autárquicas, a tentação para descontextualizar sistematicamente afirmações que são respostas a perguntas ou interpelações concretas, é grande, e a partir daí tirar conclusões que em nada correspondem ao sentido inicial das palavras”, escreveu Inês de Medeiros.
A presidente da Câmara de Almada, no mesmo texto, citou a “interpelação”do Bloco de Esquerda: “Ansiamos por projetos virados para as pessoas e que sejam também em pontos bonitos, que não sejam guetos”.
Ainda segundo a autarca, o projeto de construção de 3500 novos fogos “na mesma zona”, assinado com o IRHU em julho de 2019, “vai no sentido oposto da criação de guetos”.
“Nada do que foi debatido minimiza a nossa preocupação com a situação social que se vive nalguns destes bairros”, referiu ainda Inês de Medeiros, desafiando os críticos a verem “na íntegra” a gravação da sessão de Câmara, disponível no canal da autarquia no YouTube.
Veja o vídeo partilhado pela autarca, com a “interpelação” do Bloco de Esquerda.
Bem sei que, com o aproximar das eleições autárquicas, a tentação para descontextualizar sistematicamente afirmações que são respostas a perguntas ou interpelações concretas, é grande, e a partir daí tirar conclusões que em nada correspondem ao sentido inicial das palavras. Como se pode ver pelo excerto que aqui publico, a questão da localização de alguns dos bairros sociais de Almada, vem em resposta direta à interpelação feita pela Bloco de Esquerda que diz, e cito “ansiamos por projetos virados para as pessoas e que sejam também em pontos bonitos, que não sejam guetos.”O Bairro do PIA, tal como recordou o Sr. Vereador do BE, foi construído pelo IRHU no seguimento de uma tragedia no antigo Asilo 28 de maio, também conhecido por Lazareto, e veio pôr cobro a uma situação de habitação precária indigna. Felizmente foi construído numa zona nobre da cidade, com acessibilidades, equipamentos e a dignidade que os seus habitantes merecem. O projeto que assinamos em julho de 2019, com o IRHU para a construção de 3500 novos fogos na mesma zona, vai no sentido oposto da criação de guetos. E toda a nossa estratégia municipal de habitação aprovada em maio de 2019, tem como premissa a não criar qualquer situação de guetização. Tendo eu inclusivamente afirmado que não haverá diferentes “zonas do território para ricos e para pobres”Por fim, nada do que foi debatido minimiza a nossa preocupação com a situação social que se vive nalguns destes Bairros.A proposta que mereceu o voto a favor de PS, PSD e CDU e o voto contra do BE, é um passo muito importante para a recuperação do Lazareto, edifício marcante da história do nosso concelho, e vai permitir a criação de emprego também essencial para os Almadenses.Para mais esclarecimentos convido todos a verem a gravação da sessão de camara que se encontra na integra no canal Youtube da Camara Municipal de Almada.