Economia

Colômbia oferece oportunidades de negócio para empresas portuguesas

Inovar_Empreendedorismo_900Bicminho deu a conhecer oportunidades de negócio e soluções de financiamento para apoiar a exportação e internacionalização para uma potência económica da América Latina

A Colômbia é atualmente um mercado estratégico favorável e de elevado potencial de sucesso para as empresas portuguesas. Esta foi a conclusão natural de um grupo restrito de empresários convidados pelo Bicminho, que se reuniram numa sessão “à porta fechada”, no passado dia 19 de fevereiro, para refletir e trocar experiências sobre os sucessos e insucessos de “Como internacionalizar para a Colômbia e Espanha com o Portugal 2020?”.

Na abertura dos trabalhos, Nuno Gomes, CEO do Bicminho, lançou a discussão referindo que para exportar e internacionalizar com sucesso para a Colômbia é muito importante assegurar a resposta a duas questões fundamentais. Em primeiro lugar, para fazer negócio com a Colômbia temos de ter pessoas colombianas a trabalhar connosco para nos ajudar. Depois, temos de estar preparados para financiar à partida e na íntegra todo o esforço de internacionalização no primeiro ano. Se assim for, o sucesso está garantido. E é por isso que o Bicminho, enquanto instrumento certificado pela União Europeia, trabalha com pessoas e instituições parceiras na Colômbia, e tem vindo a ajudar as empresas da Região a obter financiamento a fundo perdido no Portugal 2020, nas quais o Bicminho regista uma taxa de sucesso muito próxima dos 100 por cento.

Segundo dados da AICEP, em 2014 as exportações de bens e serviços de Portugal para a Colômbia atingiram cerca de 100 milhões de Euros. Embora a economia colombiana seja de uma dimensão equivalente à da Dinamarca ou da Venezuela (e 40 por cento maior do que a portuguesa), as exportações de Portugal para esses dois países são 11 vezes maiores. Esta situação reflete fatores de ordem geográfica e histórica, mas é uma ilustração do enorme potencial que existe para as empresas portuguesas, em particular da Região norte.

“As oportunidades de negócio neste mercado em afirmação não podem, por isso, escapar às empresas portuguesas” afirma Nuno Gomes. “Não existe qualquer motivo para que Portugal não consiga subir na lista de fornecedores à Colômbia (40.ª posição) e alargar a sua cota de mercado. O sucessivo aumento do número de empresas a exportar para aquele país (de 138 em 2010 para 331 em 2014) vem apenas confirmar esta possibilidade”, conclui aquele responsável desafiando os empresários da região.

Conhecer bem a empresa e o produto é o primeiro passo do Bicminho junto de um cliente que pretende apostar na internacionalização. “Porque nem sempre o empresário pode concretizar o seu desejo de atravessar fronteiras nacionais” afirmou João Paulo Ferreira, Consultor Sénior do Bicminho, que abordou as ferramentas de apoio à internacionalização. “Internacionalizar é arriscado e fica caro, mas vale a pena. Temos por isso no Bicminho um conjunto de serviços de apoio integrado, certificados pela UE, e à medida das necessidades das PME da nossa região para implementar um processo de exportação sustentável e rentável”.

Piedad Rojas, a especialista colombiana parceira do Bicminho, apresentou inúmeras oportunidades de negócio ao nível da exportação de bens e serviços especializados, referindo que o Governo colombiano tem fomentado a criação de uma rede de infraestruturas de apoio ao desenvolvimento económico e social, gerando oportunidades de negócio para as empresas portuguesas em áreas como a construção, tecnologias de informação e comunicação e setor agro-industrial. “A Colômbia é um país em franco crescimento em todas as áreas de negócio, com um mercado interno dinâmico e incentivos únicos para os empreendedores que ali pretendam investir”.

A entrada em vigor, em 2013, do Tratado de Livre Comércio entre a União Europeia e a Colômbia, tem contribuído para abrir a porta a mais exportações portuguesas. A facilidade de implementação de novas empresas, a existência de 30 zonas francas, a não obrigatoriedade de ter sócio local, o índice Doing Business que coloca a Colômbia em 34º lugar, à frente de países como o México, a segurança e o dinamismo económico foram alguns dos exemplos destacados como motivos para a aposta dos empresários portugueses. “Nós os colombianos gostamos muito dos portugueses, somos muito parecidos em termos culturais, no trato e na maneira de ser. E isso muitas vezes é determinante no momento de fazer negócio”, concluiu Piedad Rojas, de forma enérgica e muito expressiva.

Sobre as oportunidades de negócio em Espanha, o mercado natural para as exportações, Blanca Fafián, especialista da EOSA Consultores, destacou o crescimento económico que o país vizinho atravessa apesar da crise política que vive atualmente. Como setores de oportunidade nomeou o setor automóvel, têxtil, alimentar e metalomecânica. A proximidade geográfica, a afinidade cultural, a posição de Portugal no índice de importações espanholas, e os mais de 11 mil milhões de euros em exportações de Portugal para Espanha foram outros dos argumentos apresentados.

Sobre os objetivos e prioridades visadas pelo Sistema de Incentivo à Internacionalização falou Sílvia Amaral, Consultora do Bicminho. “Os apoios financeiros são concedidos desde que reforcem a capacitação empresarial das PME para a internacionalização, com vista ao aumento das exportações e aumentem a qualificação específica dos ativos em domínios relevantes para a estratégia de inovação, internacionalização e modernização das empresas”.

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