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Coloca filha de 5 anos num solário e provoca-lhe queimaduras graves

mulher_solarioA norte-americana Patricia Krentcil terá submetido a filha de 5 anos a um solário, provocando-lhe queimaduras graves, com sessões de bronzeamento artificial que a lei de Nova Jérsia proíbe em menores de 14 anos. A mulher desmente, em tribunal, e diz que as queimaduras que a menor apresenta resultam de excessiva exposição solar.

Esta mãe responde no tribunal municipal de Newark pelo crime de abuso de menor. Patricia Krentcil declara-se inocente, mas a sua culpa parece revelar-se no seu rosto. Esta mulher impressionou os juízes, sobretudo, pelo tom artificial da sua pele, excessivamente bronzeado, precisamente pelo recurso ao mesmo solário, onde é cliente habitual e levou a sua filha, de acordo com a acusação.

O tribunal municipal de Newark determinou que a mulher pudesse sair em liberdade, mas mediante a um pagamento de uma caução de 19 mil euros. De acordo com a legislação local, os menores de 14 anos estão proibidos de frequentar solários, em virtude dos malefícios que esses métodos de bronzeamento artificial podem provocar.

A criança apresenta ferimentos em todo o corpo. No entanto, a mulher defende-se e nega a acusação. “É mentira”, disse, perante os juízes do tribunal de Newark.

Esta história foi tornada pública em abril passado, depois de uma denúncia de uma educadora da menor, que detetou “queimaduras graves” no corpo de Anna, que contava, então, 5 anos de idade (entretanto completou 6). Foi a própria menina que denunciou a mãe, revelando à educadora que a sua mãe a levara, repetidas vezes, ao solário.

Patricia Krentcil concedeu uma entrevista à Associated Press, onde justificou que aquelas queimaduras não resultam de submissão da menor ao solário, mas com excessiva exposição ao sol. A mulher reconheceu que a sua filha a acompanha nas idas ao solário, mas que nunca ultrapassou os limites da sala de espera. A criança tem uma cor natural de pele clara, mas apresenta queimaduras.

Esta história da mãe da criança foi confirmada pelo proprietário do solário, em tribunal. No entanto, esta testemunha não é credível, já que defende uma das suas melhores clientes, habitual presença no espaço de beleza.

Entretanto, enquanto não há sentença, a mãe tem a filha sob sua custódia, já que a menor continua em casa dos pais. No entanto, uma entidade do Estado está em permanente vigilância, assegurando que não há novas visitas ao solário, nem que seja para ficar à espera da mãe.

Krentcil, de 44 anos, responde pelo crime de abuso de menor, por negligência, já que é do seu conhecimento que a legislação impede que crianças sejam submetidas àquele bronzeamento artificial. A mulher regressa às barras da Justiça a 4 de junho, para mais uma sessão do julgamento.

A culpa de Patricia Krentcil parece estar estampada no seu rosto, já que o bronzeamento que a própria apresenta manifesta os excessos a que predispõe e a ausência de cuidados de saúde. Acabou por ser presa e responde na Justiça. “Jamais poria a minha filha num solário. Isso nunca aconteceu”, diz, à CNN.

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