Antigo ministro Jorge Coelho considera que a coligação entre PSD e CDS lhe faz lembrais os casais que “só não se divorciam porque não têm dinheiro para ter uma casa cada um”. O socialista lamenta a “confusão” criada com a conferência de imprensa de ontem, em que o Governo anunciou que, afinal, só pagará subsídios de Natal em novembro.
“Quando ouço os responsáveis do CDS falar na televisão, sinto que aquela coligação ainda existe por razões comparáveis àqueles casais, em que não existe nada entre eles, mas que só não se divorciam porque não têm dinheiro para ter uma casa cada um”, afirmou Jorge Coelho, à SIC Notícias.
O socialista acusou ainda o executivo de Passos Coelho de “medo de enfrentar a realidade”, ontem, na conferência de imprensa em que foram anunciadas medidas como a alteração ao pagamento de duodécimos, o que adia para novembro o pagamento do subsídio de Natal e transforma os duodécimos entretanto pagos em subsídio de férias. O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas considera esta medida ilegal.
“Do núcleo político do Governo, nenhum esteve na conferência de imprensa [de ontem] a dar a cara. E criou-se mais uma confusão”, acusa Jorge Coelho.
Sobre a tentativa de consenso que o Governo denota, relativamente a António José Seguro, numa em que a troika estava em Portugal, o socialista fala em “respeito”.
