O coletivo Es.Col.A voltou a ser despejado da escola da Fontinha. A autorização para a ocupação do espaço terminou no mês passado e, apesar de todo o trabalho em prol do bairro, a Câmara do Porto não procedeu à renovação do acordo e mandou a polícia efetuar o despejo.

O coletivo Es.Col.A tem vindo a ser despejado, esta manhã, da escola da Fontinha. O grupo, que ocupava o espaço no âmbito dum projeto de reabilitação do edifício e de dinamização social e cultural do bairro, está a ser ‘desalojado’ pela polícia, depois de falhado o acordo com a Câmara do Porto para a continuidade da iniciativa.

Um dos elementos do coletivo, Ana Afonso, relatou a existência de “violência” no despejo: “estão aqui 20 carrinhas da polícia, vários carros e um cordão policial. O bairro está todo cercado. O despejo está a ser feito de forma violenta: uma moradora disse-me que estavam a bater nas pessoas”. Ainda não foi possível confirmar se já foram retirados todos os elementos que se encontrava no interior da antiga escola.

O coletivo tomou conta do espaço em abril do ano passado, reabilitando o edifício e trabalhando com a vizinhança em iniciativas sociais culturais. Cerca de um mês depois, a Câmara do Porto ordenou um primeiro despejo, mas acabou por chegar a um acordo posterior e a emitir uma licença provisória para a ocupação do espaço. Essa licença, contudo, expirou em março deste ano.