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Colapso das farmácias só pode ser evitado com cedências da indústria farmacêutica

medicamento3Algumas farmácias vão entrar em rutura de stock já em novembro, em virtude do adiamento da entrega de verbas do Estado, já anunciado pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). A enfrentar graves dificuldades, as farmácias cortam na despesa e lutam pelo sobrevivência, sendo que há já despedimentos. Está nas mãos da indústria farmacêutica evitar o colapso.

Os associados da ANF já foram informados do adiamento da entrega das verbas relativas a comparticipações estatais. Perante este cenário, há risco de rutura, já no próximo mês de novembro. Segundo o jornal i, centenas de farmácias poderão ficar sem medicamentos.

João Cordeiro, presidente da ANF, adiantou àquele jornal que os fármacos poderão faltar “se a indústria recusar fornecer às farmácias e grossistas o mínimo de condições que oferece ao Estado”.

“Se a indústria ceder é uma manobra de génio. Se não ceder, não conseguiremos pagar a horas o que vai provocar o colapso das farmácias”, diz um farmacêutico ao Jornal de Notícias.

Também os grossistas enfrentam problemas de ordem financeira. Aquela associação antecipa às farmácias, ao dia 20 de cada mês, o valor da comparticipação estatal, relativa aos medicamentos. Em outubro, o prazo desta comparticipação foi cumprido (hoje, dia 20). No entanto, em novembro o mesmo não deve suceder, o que deixará as farmácias sem remédios e incapazes de fazer os pagamentos devidos aos fornecedores.

Os prazos de pagamento exigidos pelos grossistas às farmácias é de 30 dias, enquanto o crédito da ANF foi alargado para 40 dias, de acordo com o Jornal de Notícias. A ANF tenta alargar os prazos de cobrança dos grossistas (e da indústria farmacêutica) para 90 dias.

As farmácias enfrentam graves dificuldades e já apresentam quebras, em certos medicamentos. Por outro lado, prosseguem uma verdadeira luta pela sobrevivência, sendo que há mais de 600 que estão em risco de fechar as portas.

Os cortes na despesa – com despedimento de pessoal – são obrigatórios, ao que se juntam diversos casos em que as farmácias não fazem cobrança de medicamentos a pessoas sem recursos económicos para comprar fármacos de que necessitam.

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