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Colapso da catedral de Notre-Dame seria total se bombeiros não agissem rapidamente

Um representante do Governo francês anunciou hoje que a catedral de Notre-Dame teria colapsado por completo, numa reação em cadeia, se os bombeiros não tivessem agido com rapidez no combate do incêndio na segunda-feira.

Segundo José Vaz de Matos, especialista em incêndios do Ministério da Cultura da França, os bombeiros agiram agressivamente para proteger os suportes de madeira nas torres sineiras das chamas evitando uma catástrofe maior.

Em conferência de imprensa, Vaz de Matos indicou que “se o fogo atingisse” a estrutura de madeira “as torres sineiras teriam sido perdidas”.

“A partir do momento em que perdemos a guerra das torres sineiras, perdemos a catedral, porque é um colapso resultante de uma reação em cadeia”, acrescentou.

Um oficial do corpo dos bombeiros de Paris alertou hoje que as torres da catedral de Notre-Dame podiam ter caído se os bombeiros não tivessem mobilizado equipamento pesado e agido com rapidez.

Segundo a agência de notícias Associated Press, Philippe Demay indicou que não houve algum atraso e salientou que os bombeiros agiram o mais rápido possível.

Demay referiu à imprensa que a operação foi extremamente difícil e que as torres poderiam ter desmoronado se os bombeiros “não tivessem colocado equipamentos pesados no local”.

O equipamento pesado em causa era constituído por veículos manobrados à distância, com mangueiras que ajudaram a combater as chamas.

A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, na segunda-feira à tarde, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto. As chamas destruíram o pináculo e uma grande parte do telhado, além de parte do acervo artístico no interior.

A Procuradoria de Paris disse que os investigadores estavam a considerar o incêndio como um acidente.

A tragédia de Notre-Dame gerou mensagens de pesar e de solidariedade de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal, bem como do Vaticano e da ONU.

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