Cobrança de portagens nas antigas SCUT leva à procura de alternativas, o que provocou uma perda de 420 mil veículos em dezembro. Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias (INIR) regista quebras assinaláveis nas quatro concessões, sobretudo no Grande Porto, Costa de Prata e Via do Infante, desde que aquelas vias começaram a ser portajadas.
Portagem foi sinónimo de fuga às ex-SCUT, segundo um relatório do INIR, que aponta uma redução de tráfego nestas autoestradas na ordem dos 13 990 carros por dia, em dezembro de 2011, data em que começou a cobrança nestas vias.
Um relatório que analisa o último mês do ano passado aponta redução do tráfego perto dos 50 por cento em algumas autoestradas. Na Via do Infante, em dezembro de 2011 circularam 6528 carros, enquanto no mesmo mês de 2010, quando a circulação na SCUT era gratuita, circularam 12 639 veículos automóveis. Estes dados representam uma queda de 48 por cento.
Já no que diz respeito à A23 assinala-se uma descida não tão significativa, mas ainda assim digna de realce, com menos 3547 veículos naquela autoestrada (de 11 489 em 2010 para 7942 em 2011), o que significa uma perda de 31 por cento de tráfego.
Numa análise à circulação da ex-SCUT da A24, a redução da circulação automóvel é muito semelhante, em termos percentuais: menos 29,6 por cento. A A25 foi a autoestrada que assinalou menos perdas, com apenas 18 por cento. A soma de todas as concessões representa menos 14 mil carros diariamente, o que significa uma redução mensal de 420 mil veículos desde que foi inserida a cobrança de portagem nestas vias.
