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Clio RS 16 ou um concentrado de Renault Sport

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O Clio RS 16, que a Renault Sport apresentou no passado fim-de-semana no Mónaco – aproveitando a realização do grande prémio de Fórmula 1 no principado – é um concentrado de tudo o que o departamento de competição da marca do losango representa.

Concebido para celebrar os 40 anos da Renault Sport, este ‘concept-car’ foi concebido em menos de cinco meses e é claramente inspirado nas máquinas mais recentes criadas para as competições monomarca da casa de Viry-Châtillon.

São os próprios responsáveis da Renault a apelidarem a “ideia um pouco louca” de albergar o motor 2.0 turbo de 275 cv e 360 Nm de binário sob o capô do Clio RS e que surgiu no final de um dia de outubro de 2015 na sede da Renault Sport.

Durante um troca de ideias, o engenheiro Christophe Chapelain, baseado na sua experiência de ralis, afirmou ser perfeitamente possível montar um motor de 300 cv no chassis de um Clio, mantendo todas as suas características. Uma ideia leva a outra, e a imagem de um Clio RS com performances excecionais começa a tomar forma.

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No fundo tratou-se de explorar todo o potencial do bloco proveniente do Mégane RS 275 Trophy-R, o Clio RS 16 é equipado com trens rolantes com soluções desenvolvidas para a competição.

Com rodas de 19 polegadas e uma carroçaria alargada em 60 mm, a agressividade do design exprime plenamente a sua razão de ser: tornar-se o mais eficiente dos Renault Sport de série.

O bloco exigiu que sejam revistas as suspensões do grupo motopropulsor. Outro elemento determinante para o desempenho, o escape tem de ser revisto para satisfazer as necessidades de débito do motor. Sem alterar a trajetória da linha de escape sob a carroçaria, a permeabilidade acrescida permite aos engenheiros atingir os seus objetivos.

A acústica também não é esquecida: no final dos testes em pista, o Clio R.S.16 é equipado com uma panela de escape de saída dupla Akrapovič, cuja sonoridade é particularmente fascinante.

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Embora não sendo o aspeto mais visível, a eletrónica é também matéria de reflexão, dado que os sistemas do Mégane RS 275 Trophy-R e do Clio RS. não assentam na mesma arquitetura. No entanto, as informações do motor são indispensáveis para o bom funcionamento do ABS ou do ESP, e vice-versa.

A suspensão do Clio RS.16 recupera os conjuntos mola/amortecedor do Mégane RS 275 Trophy-R. O sistema de travagem, com a mesma proveniência, é composto por discos em aço de 350 mm montados em cubos de roda em alumínio.

A conceção do trem traseiro acaba por ser muito mais simples já que provém do Clio R3T, a versão rali do Clio RS. Um outro grande desafio é o de alojar as rodas de 19 polegadas numa carroçaria que foi concebida para rodas de 18 polegadas. A solução consiste em cortar ligeiramente os guarda-lamas que receberão, depois, alargamentos em material compósito.

A parte traseira sofre apenas ligeiras modificações. O difusor, que participa na eficácia aerodinâmica do automóvel, é complementado por um aileron idêntico ao do Clio Cup. Graças ao trabalho desenvolvido em túnel de vento, o aileron permite gerar um apoio suplementar de 40 kg a 200 km/h.

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O tratamento interior é decisivo para oferecer verdadeiras sensações de pilotagem, com a montagem de bancos do tipo baquet e arnês de segurança de seis pontos. A eliminação do ar condicionado e do banco traseiro permitem reduzir significativamente o peso do automóvel.

A utilização de pneus Michelin Pilot Sport SP2 foi decidida logo no início do projeto. Esta primeira fase foi igualmente dedicada às afinações mecânicas dos trens e, tal como uma equipa de competição, todas as opções foram passadas em revista: rigidez das molas, curso e batentes de amortecedores, barras estabilizadora

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