Insatisfeita com o 12.º lugar atribuído pelo júri, a marcha de Marvila contestou a classificação nestas Marchas Populares de Lisboa, que decorreram ontem e foram ganhas por Alfama, que vencera há um ano. No entanto, todos os protestos embatem numa teoria: “O júri é soberano”, diz Pedro Moreira, da EGEAC.
Esta 82.ª edição das Marchas de Lisboa, que decorreu nesta quinta-feira, coroou de novo Alfama como a vencedora, com Alcântara e Bairro Alto a completarem o pódio.
Mas o 12.º classificado acabou por chamar a si protagonismo. Marvila não concorda com o modesto lugar que lhe foi atribuído.
Alegando que não cometeram qualquer falhas, os seus membro acusam o júri de atribuírem “uma classificação injusta”.
E assim protestam com este desfecho, descontentes, sobretudo porque a sua atuação esteve isenta de erros, segundo argumentam.
Mas todas as queixas apresentadas embatem no argumento de que o “júri é soberano” e que as classificações finais resultam da qualidade das prestações dos participantes nas marchas em prova.
O diretor da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), Pedro Moreira, realça em declarações à agência Lusa que explicou aos responsáveis da marcha de Marvila que não tem qualquer interferências nas classificações.
“A EGEAC conhece verbalmente a argumentação da marcha de Marvila, que considera que o bairro não ficou bem classificado e não aceita o 12.º lugar. Ouvi-os e expliquei que não é a EGEAC que faz qualquer tipo de avaliação. Terá de ser sempre o júri a explicar os critérios, a EGEAC não tem qualquer tipo de intervenção”, afirmou Pedro Moreira, à Lusa.