Desporto

“Claques não são escuteiros nem excursões a Fátima”, diz Fernando Madureira

O líder da claque Super Dragões participou, nesta sexta-feira, numa conferência onde falou sobre violência no desporto. Fernando Madureira deixou claro que os grupos organizados de adeptos não podem ser olhados como “um grupo de escuteiros nem uma excursão a Fátima”.

Num debate promovido pela Associação para o Desenvolvimento de Gaia (Amargaia), Fernando Madureira – que além de líder dos Super Dragões também joga futebol no Canelas 2010 – explicou que uma claque é quase como uma “microssociedade”.

“Temos de tudo: polícias, traficantes, ladrões, advogados, juízes… pessoas boas e pessoas más, como em todo o lado”, salientou Madureira, em declarações citadas pelo jornal A Bola.

O líder dos Super Dragões salientou ainda que a “comunicação com as forças de segurança tem permitido que tudo seja monitorizado”.

Ainda no tema claques, Madureira, que tem um mestrado em Gestão do Desporto tirado no ISMAI, na Maia, concluído com 17 valores na nota final, salientou que existem claques que “vão com o intuito de apoiar a equipa e outras que preferem arranjar confusão”.

“Temos de tudo: polícias, traficantes, ladrões, advogados, juízes”

“Por vezes, em grupo, as pessoas agem de maneira diferente. Enquanto líder da claque, compete-me procurar que as pessoas se foquem no apoio à equipa.”

Na palestra, Fernando Madureira queixou-se ainda do impacto negativo que algumas atitudes das claques têm, quando se ignoram as positivas.

“Infelizmente, em Portugal, por norma, dá-se mais ênfase a um episódio negativo que ocorra com uma claque contra 100 positivos, como coreografias de estádio, cânticos de apoio à equipa.”

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