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Cirurgias em risco no Garcia de Orta por falta de pagamento ao fornecedor de compressas

medico2Dívida de 260 mil euros do Hospital Garcia de Orta à empresa fornecedora de compressas levou à suspensão na entrega, o que ameaça as cirurgias nesta unidade de saúde de Almada. O Hospital Amadora-Sintra evitou a rutura de stock que, no entanto, continua a ameaçar o bloco operatório. A empresa justifica a suspensão de entrega com falta de abertura da administração do hospital em criar um plano de pagamento da dívida.

A empresa Albino Dias de Andrade é credora de 260 mil euros, dívida que tentou cobrar junto da administração do Hospital Garcia de Orta. Sem resposta positiva, decidiu interromper o fornecimento de compressas, o que colocou em causa a realização de algumas operações agendadas pela unidade de saúde.

O cenário não foi drástico porque o Hospital Amadora-Sintra cedeu algum deste material, o que permitiu ao Garcia de Orta aguentar a suspensão de entrega de compressas. No entanto, nos próximos dias, se a administração não pagar a dívida, poderá ter de suspender operações cirúrgicas, por falta de material hospitalar.

Em declarações à Antena 1, o administrador da empresa que suspendeu as entregas de compressas justifica a tomada de decisão drástica. “Tentámos um plano de pagamento. Como não obtivemos uma resposta positiva, fomos obrigados a tomar esta atitude”, afirma Luís Andrade.

O responsável adianta ainda que todos os hospitais devedores se manifestaram disponíveis para negociar a dívida e criar um plano de pagamento. Exceto o Garcia de Orta, segundo Luís Andrade, que deve 260 mil euros, desde 2010.

Na iminência de ter de suspender todas as operações do bloco operatório, por falta de compressas, a administração do Garcia de Orta recorreu à ajuda do Hospital Amadora-Sintra, que permitiu evitar um problema que não está ainda afastado.

Luís Andrade explicou ainda, também em declarações à Antena 1, que esta suspensão “é momentânea” e que resulta da incapacidade da empresa em “suportar a situação”. No entanto, as dificuldades económicas por que o Hospital Garcia de Orta atravessa não deixam antever uma resolução rápida do problema.

No último ano, esta unidade de saúde apresentou um saldo negativo de 16 milhões de euros. O resultado foi mau, mas ainda assim melhor do que o apresentado em 2010. As dívidas acumulam-se e os fornecedores têm de esperar em média 404 dias para receber os pagamentos.

A rutura do stock paira, enquanto a empresa de compressas ameaça a administração do Hospital Garcia de Orta a manifestar “vontade de resolver a situação”, segundo adianta Luís Andrade ao Diário de Notícias.

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